Ficou na segunda posição, acabou por ser a grande figura do dia. João Almeida vinha de uma quarta posição na chegada a Gotthard Pass mas não ficou por aí e voltou a brilhar na ligação entre Ambrì e Carì esta quinta-feira, com Adam Yates a reforçar a liderança da geral mas a assumir no final da tirada que não sabia que o português tinha terminado tão próximo. No entanto, não ficaria por aí. Aliás, foi uma questão de apenas 24 horas até o Bota Lume conseguir mesmo o primeiro lugar, algo que aconteceu na subida a Blatten.

Numa etapa bastante encurtada pelas condições climatéricas (neve na zona de montanha), o português foi o mais forte no final da tirada com 42,5 quilómetros, acabando com o tempo de 55.13, menos quatro segundos do que o companheiro de equipa Adam Yates e menos nove do que Mattias Skjelmose (Lidl-Trek). Egan Bernal, Lenny Martínez, Thomas Piddock, Enric Mas, Matthew Riccitello, Pelayo Sánchez e Felix Gall fecharam o top 10. Rui Costa (EF Education) terminou no 24.º lugar, Nelson Oliveira (Movistar) foi 59.º.

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Com este resultado, João Almeida, que fez o quarto top 5 em etapa nesta Volta à Suíça, reforçou o segundo lugar da geral a 27 segundos de Adam Yates, tendo agora uma vantagem de 1.27 minutos para Egan Bernal, da Ineos. Mattias Skjelmose foi o vencedor da etapa, subindo da sexta para a quarta posição.

“Acho que foi a etapa mais curta que fiz… Foi bastante explosivo, diria, mas felizmente senti-me bem. A equipa estava bem, podemos sair felizes. Sabíamos que a Ineos tentaria ditar o ritmo e por isso queríamos apenas aumentar o ritmo. Colocámos o Jan Christen e o Isaac del Toro para acelerar a corrida. Depois, na frente, estávamos os dois muito fortes. O Adam [Yates] atacou de longe, eu estava na roda de Skjelmose e de Bernal, foi perfeito para mim. No final consegui alcançá-lo [Yates], sem que nenhum dos outros seguisse na minha roda. Acho que é positivo. Desde que sejamos primeiro e segundo, não importa quem vença. Creio que ambos ficaremos felizes”, referiu João Almeida no final da sexta etapa, onde se tornou o quarto português a vencer uma tirada na Volta à Suíça depois de Joaquim Agostinho, Acácio da Silva e Rui Costa.

“Atacar o Yates nos próximos dois dias? Temos sempre respeito mútuo, isso é o principal. No final das contas, desde que a equipa vença… Só temos de manter o foco nos próximos dois dias, espero que possamos ganhar esta Volta. Claro que quero vencer sempre mas respeito a equipa e os meus companheiros, estou feliz por ele também”, acrescentou o corredor de A-dos-Francos sobre a classificação geral.