A presença de Portugal nestes Campeonatos da Europa de canoagem ficou marcada por alguma polémica depois de ter sido conhecida a lista de convocados apenas com cinco atletas e todos do setor masculino, o que fez com que se seguissem várias críticas de outras canoístas que se sentiram injustiçadas com a situação, mas está a ser marcado neste primeiro dia de finais pelos bons resultados e, sobretudo, medalhas. E se Fernando Pimenta garantiu de novo a prata em K1 500, a embarcação de K2 200 conseguiu mesmo o ouro.

Os bons indicadores começaram com tons de prata: Fernando Pimenta sagra-se vice-campeão de K1 500 nos Europeus

A fazer a estreia em competições de seniores, Iago Bebiano foi escalado para fazer dupla com Kevin Santos na distância e não poderia pedir melhor decisão: numa final disputada até ao fim, a embarcação nacional acabou com o tempo de 31,580, à frente dos polacos Jakub Stepun e Przemyslaw Korsak (31,897) e dos húngaros Levente Kurucz e Mark Opavszky (32,013). Participaram ainda na corrida decisiva desta tarde de sexta-feira as equipas de Itália (que fez 32,043), Ucrânia, Sérvia, Eslovénia, Letónia e Lituânia.

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De recordar que Iago Bebiano e Kevin Santos já tinham sido os primeiros classificados na fase de qualificação, fazendo um registo que bateu os também apurados Ucrânia e Sérvia. E se para Iago Bebiano esta foi a primeira grande medalha internacional, para Kevin Santos foi o terceiro ouro depois de ter ganho o K1 200 e o K2 200 mistos com Teresa Portela (outra das ausentes em 2024) na edição do ano passado.

“Não podia estar mais satisfeito com o pódio. Acordámos às 5h30 horas para preparar a meia-final de K4 500, em que falhámos a final por um lugar. Um momento triste mas tivemos de manter a cabeça fria e focarmo-nos nesta prova. Não podia ter sido melhor resultado, não posso estar mais satisfeito”, apontou Iago Bebiano, de 23 anos, em declarações à agência Lusa, falando também da desilusão do K4 500.

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“Há três anos nunca pensei chegar a 2024 como campeão da Europa em três anos consecutivos. É fruto do trabalho de toda a equipa e uma motivação para o futuro. Nova medalha? É o fruto do trabalho árduo, disciplina, entrega, saber estar… tudo o que trabalhámos durante o ano. Não vale a pena fazer meia época a top, como malucos, se depois falharmos e não formos consistentes”, destacou Kevin Santos.