Elisa Ferreira não em dúvidas. Há “um nome que é considerado inquestionável para a presidência do Conselho e esse nome é António Costa”, afirma em entrevista ao Diário de Notícias.

A comissária europeia com a pasta da Coesão e Reformas diz mesmo que o nome do ex-primeiro-ministro “é o nome, neste momento, mais consensual para o Conselho, assim como Ursula von der Leyen para a Comissão”.

Contudo, há uma diferença que advém das “muitas barreiras” que ainda falta ultrapassar, nomeadamente ao nível do Parlamento Europeu. “António Costa tem um caminho mais fácil” do que a alemã que aposta em conseguir um novo mandato como líder da Comissão Europeia, diz Elisa Ferreira.

É que Von der Leyen terá de ser confirmada no órgão legislativo da União Europeia. “Aí, as diferentes famílias políticas têm, por várias razões, posições não uniformes, digamos assim. Cada deputado vota de acordo com a sua consciência ou com os seus objetivos, não há uma disciplina de voto”, explica.

Elisa Ferreira diz que Ursula von der Leyen “tem grandes hipóteses” de ser aprovada, “mas António Costa tem um caminho mais fácil, porque basta que haja consenso ao nível do Conselho dos primeiros-ministros e é normal que as duas primeiras famílias políticas ocupem os dois lugares mais reconhecidos”, diz.

“Na atualidade, para além de termos um secretário-geral das Nações Unidas, de termos tido um presidente da Comissão Europeia, temos agora, de facto, um nome que é considerado inquestionável para a presidência do Conselho e esse nome é António Costa. É evidente que houve aqui certas perturbações causadas pela sua demissão e pelas alegadas questões judiciais, mas acho que já perderam completamente o impacto. Foi importante o apoio do primeiro-ministro português [Luís Montenegro] de uma forma tão explícita”, conclui.

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