Um tribunal federal de recurso rejeitou o pedido de Steve Bannon, ideólogo da antiga administração Trump, para adiar a sua entrada na prisão, prevista para 1 de julho, onde cumprirá uma pena de quatro meses por desacato ao Congresso norte-americano.

Para suspender a pena, Bannon só pode agora recorrer ao Supremo Tribunal — embora permaneça na prisão enquanto decorre este procedimento —, depois de os juízes Cornelia Pillard e Bradley Garcia terem emitido uma decisão maioritária a negar o pedido de adiamento da prisão.

O juiz Justin Walker, nomeado por Trump, discordou da decisão, afirmando que Bannon deve permanecer em liberdade enquanto o recurso para o Supremo Tribunal estiver pendente, de acordo com a decisão relatada pelo Washington Post.

Bannon foi considerado culpado de desacato por se ter recusado a comparecer perante a comissão da Câmara dos Representantes, a câmara baixa do Congresso norte-americano, que investigava o assalto ao Capitólio em janeiro de 2021 por, entre outros, apoiantes de Donald Trump em protesto contra o que consideravam ser a manipulação das eleições presidenciais que terminaram com a derrota do magnata em novembro do ano anterior.

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O ideólogo de Trump, que denunciou todo o processo como uma perseguição para o silenciar nas vésperas das eleições de novembro próximo — nas quais Trump e Biden se voltarão a encontrar, quatro anos depois — passará a sua pena de quatro meses numa prisão de baixa segurança em Danbury, Connecticut.

Afastado dos olhos do público após o fim da administração Trump, Bannon é mais conhecido pelo seu podcast The War Room (“Sala de Guerra”), que descreveu mais como um “centro de comando militar para a guerra de informação” e dedicou os seus esforços a impulsionar campanhas eleitorais mais locais, como a do republicano ultraconservador Bob Good para o estado da Virgínia.

Os seus advogados invocaram mesmo o “trabalho significativo de Bannon como conselheiro da atual campanha eleitoral” para evitar que o seu cliente fosse preso, enquanto a acusação respondeu que o seu papel no discurso político “simplesmente não é um fator relevante”.