O saxofonista cabo-verdiano António Fernandes, mais conhecido por Totinho, que acompanhou Cesária Évora nos últimos anos da sua carreira mundial, morreu esta terça-feira aos 60 anos no hospital da Praia após uma indisposição, anunciaram fontes oficiais.

Totinho acompanhou Cesária Évora nos últimos anos da sua carreira, bem como vários outros artistas, e integrou o mítico grupo “Os Tubarões”, que na última gala dos Cabo Verde Music Awards (CVMA), em 1 de junho, recebeu o Prémio Carreia.

Natural da Praia, foi considerado o melhor instrumentista e homenageado na 4.ª edição dos CVMA em 2014, os prémios oficiais da música do arquipélago.

“O último sopro de Totinho. Acaba de partir para a eternidade. Descansa em paz, caro amigo. Até sempre”, escreveu o Presidente da República, José Maria Neves.

“É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento de Totinho, um ícone do saxofone e um dos músicos mais brilhantes de Cabo Verde”, salientou o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

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Para o chefe do Executivo, Totinho não só enriqueceu a música de Cesária Évora com seu “talento incomparável”, mas também “marcou a cena musical” como solista desde 2012, “levando a sonoridade cabo-verdiana aos quatro cantos do mundo”.

“Cabo Verde perdeu um dos seus melhores, mas a sua arte permanecerá connosco, perpetuando a sua memória e inspirando futuras gerações”, prometeu.

“Parte uma lenda” uma “referência incontornável da música”, escreveu também o ministro da Cultura cabo-verdiano, Abraão Vicente.

“Descansa em paz Totinho! Tua vida e teu percurso faz de ti uma lenda da nossa música e da nossa Cultura! A Cultura de Cabo Verde Fica mais pobre!“, completou o governante.

O Kriol Jazz Festival (KJF), evento em que esteve em palco na última edição em abril, escreveu que o país “está de luto” pelo desaparecimento físico desse “exímio saxofonista”.