Está na estrada a derradeira semana da 111.ª Volta a França. Depois de Tadej Pogacar (UAE Team Emirates) ter dominado a segunda semana e aumentado a vantagem na geral para 3.09 minutos, a corrida entra na fase decisiva praticamente resolvida, embora nos últimos anos Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike) tenha aproveitado os momentos de quebra do esloveno para ganhar muito tempo.

O prémio de uma das etapas do século chegou no dia seguinte: Vingegaard ataca, Pogacar sobe como extraterrestre e Almeida volta a brilhar

“Temos de estar confiantes de que podemos ir ao nosso ritmo. Temos uma equipa muito boa. Vingegaard disse que não vai desistir e acho que está correto. Vai ser uma última semana muito dura e tenho a certeza que vamos ver fogo de artifício. Vamos fazer a nossa corrida e dar tudo para defender o nosso lugar”, partilhou o camisola amarela durante o último dia de descanso e antes da sua 100.ª etapa na Grande Boucle.

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Pogacar confiante para a última semana da Volta a França em que espera “fogo de artifício”

“Se alguém é melhor, temos de o aceitar. O Tadej está melhor neste momento. Espero conseguir dar a volta à situação na terceira semana. Ele tira coragem da sua experiência. Sabemos que ele já teve um dia mau na terceira semana no passado. Ainda pode acontecer muita coisa. Vou continuar a lutar com tudo o que tenho. Ainda não perdi a fé”, garantiu, por sua vez, o dinamarquês.

Foi nesta toada que os corredores entraram para a 16.ª etapa, entre Gruissan e Nîmes, com 188,6 quilómetros e um final favorável aos sprinters, que tinham aqui a derradeira oportunidade para triunfar. Sem fuga e com uma corrida lenta desde o início — foi a terceira primeira hora mais lenta deste Tour (37,9 km/h) —, as emoções ficaram guardadas para a segunda parte da etapa. Foi nessa altura que Thomas Gachignard (TotalEnergies) atacou e chegou a ter uma vantagem superior a dois minutos.

Contudo, a 25 quilómetros da chegada, o ciclista francês foi alcançado pelo pelotão, que seguiu compacto até ao fim. Na aproximação a Nîmes, uma queda numa rotunda levou Biniam Girmay (Intermarché-Wanty) ao chão, retirando-o da discussão da etapa. Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) lançou o sprint que terminou com a vitória do companheiro Jasper Philipsen. O belga ficou à frente de Phil Bauhaus (Bahrain Victorius) e Alexander Kristoff (Uno-X Mobility), somou o terceiro triunfo neste Tour e aproximou-se de Girmay na classificação dos pontos (376 contra 344).

Na geral, as contas mantiveram-se intactas, com Tadej Pogacar a chegar aos Alpes com 3.09 minutos de vantagem para Jonas Vingegaard e 5.19 para Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step). João Almeida está na quarta posição, a 10.54 do companheiro.