Quando tocaram à porta de casa de Ian Cameron, em Herrsching, na Alemanha, antigo designer da Rolls Royce abriu a porta — e foi imediatamente esfaqueado. A mulher conseguiu fugir: trepou a parede até à casa dos vizinhos, de onde alertou a polícia. O corpo do britânico de 74 anos foi encontrado na passada sexta-feira, mas a notícia foi avançada só esta semana pelo jornal alemão Bild. O suspeito continua em fuga.

A tentativa de roubo transformou-se  num “crime violento”, explicou a polícia alemã. Imagens de videovigilância mostram o assassino a cortar os cabos de eletricidade da garagem, onde estavam guardados vários objetos de valor. Só depois tocou à campainha.

Depois de esfaquear o designer e especialista em carros vintage, o suspeito foi visto pelos vizinhos a sair da casa a pé. Descreveram-no como um homem caucasiano, que mede entre 1.80 e 1.90 metros e que vestia uma camisola com capuz azul escura e calças claras. Nas mãos, tinha umas luvas; às costas, uma mochila encarnada escura.

Esta mochila foi depois encontrada à beira do lago Ammersee por uma equipa de 30 agentes da polícia da Baviera, com roupa lá dentro, o que indicia que o homem se terá trocado várias vezes. Lá dentro, estavam também produtos do supermercado Edeka, a cerca de 1.3 quilómetros de distância da casa do designer britânico — vinte minutos a pé. Antes de cometer o crime, o homem passou por este supermercado, de onde a polícia da Baviera recuperou imagens de videovigilância, que usou para lançar um alerta à procura de pistas sobre o suspeito, cuja identidade é ainda desconhecida.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A polícia ainda não conseguiu apurar se o esfaqueamento foi consequência de um assalto falhado à mansão ou se havia algum outro motivo, explicou o The New York Post.

Ian Cameron começou a trabalhar na Rolls Royce depois de a BMW ter adquirido a marca, em 1998. Até 2013, ano em que o designer britânico se reformou, lançou vários modelos, nomeadamente o Phantom VII, em 2003 — o primeiro Rolls Royce sob a alçada da empresa alemã — e, seis anos mais tarde, o Ghost.

A BMW disse estar “inacreditavelmente triste e em choque” perante a morte violenta de Cameron, lamentando o sucedido, escreveu o Automative News Europe.