Vítor Pataco, cujo mandato na presidência do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) terminou em 2 de julho, vai deixar o Conselho Diretivo desta entidade pública, de acordo com o Diário da República.
O despacho datado de terça-feira, e com efeitos a partir desta quarta-feira, dissolve o conselho diretivo do IPDJ, fazendo cessar os mandatos da vice-presidente Selene Martinho e da vogal Sílvia Vermelho, que só terminavam em 2026, confirmando ainda a saída de Vítor Pataco.
O ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte, e a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, justificam que “imprimir uma nova orientação à gestão do IPDJ, I. P., implica necessariamente a alteração da composição do seu conselho diretivo“.
No referido despacho, os governantes destacam, entre outras considerações, a “premente necessidade de repensar as políticas de juventude em Portugal” e “a urgência em aumentar a prática de atividade física e desportiva da população (…) e aproximar o investimento direto no desporto e os indicadores de prática desportiva da média dos países da União Europeia”.
“Considerando que, para implementar os compromissos assumidos pelo Governo, é imprescindível a mudança de orientação à gestão do IPDJ, I. P., que assegure a concretização dos objetivos das áreas governativas do desporto e da juventude e modernização, com a definição de uma gestão eficiente e profícua dos seus recursos humanos e financeiros”, detalham os governantes, que confirmam ainda o fim dos mandatos de Vítor Pataco e do vogal Carlos Manuel Pereira.
Apesar destas determinações, “os membros do conselho diretivo mantêm-se no exercício das suas funções até à sua substituição”.
Vítor Pataco, que já tinha comunicado a sua saída aos funcionários do IPDJ, no início de junho, lidera o organismo público desde setembro de 2018, em regime de substituição do antecessor Augusto Baganha, de quem foi vice-presidente.
Antigo praticante de andebol e atletismo, Pataco, de 60 anos, é licenciado em Educação Física e mestre em Marketing, tendo, antes, sido coordenador do Centro de Alto Rendimento do Jamor, em Oeiras, entre outros cargos ligados ao desporto, nos Municípios de Lisboa e Oeiras, e no extinto Instituto Nacional do Desporto, acumulando com a docência na UAL.
Saída do IPDJ era clara e desejada por Vítor Pataco
Vítor Pataco assegurou à agência Lusa que a sua saída da presidência do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) era desejada, porque não queria renovar o mandato, e clara, por já estar acertada com as tutelas.
“Sinceramente, para mim, é um assunto absolutamente claro desde antes de julho, porque, na verdade, já tinha comunicado a ambas as tutelas que não queria renovar o meu mandato e, portanto, coloquei o meu lugar à disposição. Tive uma conversa com ambos os ministros que, muito simpaticamente, fizeram até um elogio ao trabalho do IPDJ e pediram-me para ficar até encontrarem uma solução”, afirmou Vítor Pataco, em declarações à Lusa.