O Comité Olímpico Canadiano (COC) anunciou esta sexta-feira o afastamento da treinadora principal de futebol feminino, Bev Priestman, até ao final dos Jogos Olímpicos, na sequência de um alegado escândalo de espionagem por drones.
O treinador adjunto Andy Spence vai liderar a equipa no torneiro em Paris, referiu o COC em comunicado.
Dois membros da equipa já tinham sido afastados por alegadamente terem usado um ‘drone’ para espiar um treino da Nova Zelândia.
Priestman negou qualquer envolvimento, mas não assistiu à vitória de quinta-feira por 2-1 à Nova Zelândia, enquanto a FIFA, organismo que rege o futebol a nível mundial, e o Comité Olímpico Internacional investigam.
“Informações adicionais chegaram ao nosso conhecimento sobre o uso anterior de drones contra adversários, antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024“, disse, citado pelo comunicado, o secretário geral da federação canadiana de futebol.
Kevin Blue acrescentou que Priestman foi suspensa até ao final do torneio e à conclusão da investigação.
O COC disse, na quarta-feira, que a técnica adjunta Jasmine Mander e o analista Joseph Lombardi tinham sido “enviados para casa imediatamente” e que aceitou a decisão de Priestman de se retirar do comando do jogo de abertura.
Priestman deu uma breve entrevista à imprensa nesse dia, depois de orientar a equipa num treino de uma hora.
“Independentemente dos pormenores, sou responsável em última instância”, disse a treinadora britânica, de 38 anos.
O Canadá ganhou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio, sob o comando de Priestman.