A Direção-Geral da Saúde (DGS) diz que Portugal regista “um aumento do número de internamentos e episódios de urgência” relacionados com o Parvovírus, que provoca a chamada “doença da bofetada” e que pode levar mulheres a sofrerem abortos espontâneos. De acordo com a CNN Portugal, Rita Sá Machado, diretora-geral da Saúde, já emitiu recomendações aos profissionais de saúde.
A DGS estima que o Parvovírus provoque aborto e morte fetal em 13% dos casos, quando a infeção ocorre em gestações com menos de 20 semanas. E 30% a 40% das grávidas “podem ser suscetíveis a esta infeção”. Por isso, segundo o parecer citado pela CNN, a autoridade de saúde pede aos profissionais que incentivem as “grávidas à adoção de medidas de precaução, em particular quando contactam, com familiares ou no trabalho, com crianças em idade escolar”.
Por outro lado, os serviços de saúde devem passar a fazer um rastreio dirigido às “mulheres grávidas que trabalham nas áreas da saúde, da educação e dos cuidados infantis, a quem deve ser efetuado o estudo de imunoglobulinas para Parvovírus B19”. Os médicos que fizerem um diagnóstico dessa infeção devem, de acordo com o parecer da DGS, investigar se as crianças tiveram contacto com grávidas. Em caso afirmativo, as mulheres devem ser encaminhadas para despistar uma possível contaminação.
O eritema infeccioso, que é provocado pelo Parvovírus B19, afeta sobretudo as crianças entre os 5 e os 7 anos e transmite-se por via aérea. Segundo o SNS24, “inicialmente surge febre baixa e um mal-estar ligeiro”, sendo que “alguns dias depois surge uma erupção cutânea endurecida sobre a face (semelhante a uma ‘face esbofeteada’) e simétrica, mais visível nos braços, pernas e tronco”.