Um caso de espionagem, que meteu a polícia francesa ao barulho, e uma federação a suspender elementos da equipa. O Comité Olímpico da Nova Zelândia começou por fazer queixa à polícia que um drone estava a sobrevoar o local dos treinos da equipa feminina de futebol. UM elemento da equipa técnica do Canadá foi apanhado a operar o drone, o que levou a Nova Zelândia a fazer queixa forma ao Comité Olímpico Internacional (COI).

Após as queixas, a Federação do Canadá suspendeu dois elementos da equipa — o analista “não credenciado” Joseph Lombardi, que operou o drone, e a assistente Jasmine Mander. Voltaram para casa, acabando acompanhados pela treinadora Bev Priestman que decidiu retirar-se — e mais tarde foi suspensa pelo Comité Olímpico do Canadá até final dos Jogos de Paris — já não esteve no banco na estreia do Canadá. O adjunto Andy Spence está, agora, aos comandos da equipa e ficará até ao final do torneio olímpico.

Mas estas suspensão não ficaram por aqui. Este sábado o Conselho Disciplinar da FIFA decidiu tirar seis pontos à equipa, que ficou, agora, com -3 pontos no Grupo A do torneio de futebol olímpico. Com um jogo disputado, o Canadá tinha vencido, em campo, à Nova Zelândia (a equipa alegadamente espiada). E voltará a jogar contra França este domingo.

Além da penalização de seis pontos, a FIFA determinou a suspensão da treinadora Bev Priestman por um ano. Além da suspensão, também por um ano, dos dois analistas Joseph Lombardi e Jasmine Mander. A Federação canadiana ainda foi multada com 200 mil francos suíços (cerca de 208 mil euros). A Federação canadiana pode recorrer.

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Comportamento ofensivo e violação dos princípios de fair play foram os argumentos para a condenação dos elementos da equipa ténica, enquanto a Federação foi condenada por não respeitar os regulamentos e ter falhado com os elementos da equipa.

Bev Priestman, após o incidente, tinha negado envolvimento, mas tinha declarado que, “independentemente dos pormenores, sou, em última instância, a responsável”, declarou a treinadora britânica, de 38 anos, e que é casada com uma ex-jogadora da Nova Zelândia (o país alegadamente espiado).

Afastada de Jogos Olímpicos treinadora de futebol canadiana após polémica com drones

O Comité Olímpico do Canadá já veio pedir desculpas. O presidente da Federação Canadiana de Futebol, Kevin Blue, que assumiu funções há cinco meses admitiu, no entanto, que este pode não ter sido um ato isolado. Foi aberta uma investigação sobre um possível uso sistemático de drones paea espionagem, que pode até chegar à seleção masculina e à Copa América, competição onde o Canadá chegou às meias finais.