Esta terça-feira olhamos para os ecos do “caso BES”. Foi no primeiro domingo de agosto de 2014, faz agora 10 anos. De surpresa, o Banco de Portugal e o Ministério das Finanças anunciavam a resolução de um dos mais icónicos bancos portugueses, o Banco Espírito Santo. Semanas antes, Ricardo Salgado tinha sido afastado da liderança do BES e do grupo económico que este encabeçava, mas ainda estávamos longe de adivinhar tudo aquilo que viríamos a descobrir nestes últimos anos e ao longo de um tumultuoso processo que envolveu comissões de inquérito parlamentar e inquéritos judiciais que se arrastam e arrastam nos nossos tribunais. O chamado “caso BES” foi porventura o maior escândalo político e financeiro da democracia portuguesa, e aquele de que herdamos a mais pesada fatura. Mas será que tirámos todas as lições que devíamos tirar? Será que estamos imunes ao aparecimento de um novo “dono disto tudo”?

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