A Apple recorreu a “chips” concebidos pela Google para o desenvolvimento dos seus modelos de inteligência artificial (IA). A revelação foi feita num relatório de investigação, publicado na segunda-feira no site da tecnológica norte-americana.

A dona do iPhone explicou que treinou dois modelos de IA com milhares de “chips” TPUv4 e TPUv5p, versões de TPU (tensor processing units) que fazem parte do portefólio da Google Cloud. A Apple recorreu a 8.192 processadores TPUv4 para um dos modelos e a 2.048 “chips” TPUv5p para o modelo que vai fazer chegar mais funcionalidades de IA ao iPhone. Os TPUv5p são a versão mais recentes destes componentes, revelada em dezembro.

No relatório da Apple não há menções à Nvidia, a fabricante de GPU (unidades de processamento gráfico) que têm sido usadas por várias empresas para treinar e desenvolver modelos de IA. A Nvidia não desenvolve TPU, como aqueles que foram usados pela Apple nesta investigação.

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Estes componentes da Google são ligeiramente diferentes das soluções da Nvidia. Enquanto a empresa de Jensen Huang vende os “chips”, que estão a ser cada vez mais procurados no mercado, a Google vende apenas o acesso aos TPU, que ficam disponíveis na plataforma da Google Cloud, nota a Reuters. E, para usar os TPU, é preciso desenvolver o software necessário na plataforma da Google.

A agência Reuters já tinha avançado em junho que a Apple estaria a recorrer a soluções da Google para o desenvolvimento de IA. No entanto, na altura não foram conhecidos os pormenores desta ligação.

A Apple revelou na conferência de programadores WWDC, em junho, que quer dotar o iPhone de mais funcionalidades através do recurso à IA. Foi também nessa altura que anunciou uma parceria com a OpenAI, a empresa responsável pelo ChatGPT.

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