Depois das economias espanhola e francesa terem registado crescimentos acima das estimativas (0,8% e 0,3% respetivamente) no segundo trimestre, mas com a Alemanha a registar uma queda inesperada de 0,1%, Portugal registou um crescimento de 0,1% em cadeia, ou seja face ao primeiro trimestre. Em termos homólogos, o crescimento foi de 1,5%. Esta é ainda uma estimativa rápida e sem o pormenor dos contributos das várias variáveis, que só será divulgado a 30 de agosto. No entanto, o INE dá já algumas indicações.
Segundo o INE, a procura interna contribuiu para a subida do PIB no segundo trimestre, com o investimento e o consumo privado a acelerarem. Já a procura externa teve um contributo negativo para a variação homóloga, tendo as importações subido mais que as exportações. Já na evolução em cadeia, a procura interna passou a ser positiva, mas aqui se o investimento acelerou, o consumo privado desacelerou. E a componente externa foi negativa.
Este é o primeiro trimestre com o atual Governo já em funções e depois de um período inicial de três meses no ano marcada pelo período pré-eleitoral, que culminou com as eleições de 10 de março.
Os economistas, contactados pela Lusa, perspetivavam uma taxa entre 1,7% e 2,2% em termos homólogos e uma evolução em cadeia entre 0,3% e 0,8%.
O PIB subiu em termos homólogos 1,5% no primeiro trimestre e 0,8% em cadeia, de acordo com o indicador revisto divulgado pelo INE.
Na zona euro e na união europeia, o PIB cresceu 0,3% em cadeia e 0,6% na variação homóloga na zona euro e 0,7% na união Europeia. Portugal ficou, assim, abaixo do crescimento médio da zona euro na variação em cadeia, mas superou o crescimento homólogo. Dos 13 países revelados pelo Eurostat, o crescimento homólogo de Portugal só foi superado pelos 2,9% de Espanha, que também foi dos mais fortes em cadeia (subida de 0,8%, só superada pelos 0,9% da Lituânia). Portugal teve o sexto pior comportamento em cadeia.