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Rui Machado e Nuno Sena escolhidos para dirigir a Cinemateca

Antigo subdiretor e atual diretor-interino, assume definitivamente o cargo. O novo subdiretor é Nuno Sena, um dos fundadores do IndieLisboa, que desde 2019 era assessor da direção da Cinemateca.

Entre os objetivos intrínsecos ao mais recente concurso da CReSAP para a nova equipa diretiva da Cinemateca estão o desenvolvimento de um novo projeto museológico e a conclusão dos projetos de digitalização do cinema português já em curso
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Entre os objetivos intrínsecos ao mais recente concurso da CReSAP para a nova equipa diretiva da Cinemateca estão o desenvolvimento de um novo projeto museológico e a conclusão dos projetos de digitalização do cinema português já em curso

Entre os objetivos intrínsecos ao mais recente concurso da CReSAP para a nova equipa diretiva da Cinemateca estão o desenvolvimento de um novo projeto museológico e a conclusão dos projetos de digitalização do cinema português já em curso

Rui Machado e Nuno Sena foram designados pela ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, para os cargos de diretor e subdiretor da Cinemateca Portuguesa — Museu do Cinema, respetivamente. O anúncio do Ministério da Cultura aconteceu esta terça-feira, 30 de julho, e os despachos de designação entram em vigor a 16 de agosto. A decisão chega na sequência do concurso público aberto para o efeito e tendo em conta as propostas de designação do júri da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP).

Rui Machado era o subdiretor da Cinemateca Portuguesa desde 2014, tendo substituído o diretor José Manuel Costa em maio deste ano, enquanto diretor-interino. Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, com especialização nas áreas de Marketing e Finanças, desempenhou funções como técnico de conservação e preservação fílmica na Cinemateca Portuguesa.

Em 2006, foi nomeado pelo então diretor da instituição, João Bénard da Costa, como responsável pelo departamento ANIM (Arquivo Nacional das Imagens em Movimento), tendo ficado definitivamente com o cargo após o respetivo concurso público. Além disso, é membro do Comité Executivo da Association des Cinémathèques Européennes (ACE) desde 2020 e passou ainda pela empresa Agfa Gevaert, onde exerceu funções como assistente de marketing.

Já Nuno Sena dirigiu o departamento de Exposição Permanente da Cinemateca Portuguesa — Museu do Cinema entre 1998 e 2003, tendo coordenado todas as iniciativas decorrentes das atividades de programação, edição e exposição da instituição durante esse período. Antes, já tinha sido assistente da Direção do Instituto Português da Arte Cinematográfica e Audiovisual (IPACA), o atual Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA). Foi um dos fundadores do IndieLisboa — Festival Internacional de Cinema Independente, tendo sido um dos diretores e programadores do evento entre 2004 e 2019. Desde 2019 que estava na Cinemateca Portuguesa como assessor da direção e coordenador das áreas de programação, parcerias, edições e formação de públicos.

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O despacho de designação de Rui Machado e Nuno Sena como diretores da Cinemateca entra em vigor a 16 de agoisto

No curso de Cinema Documental do Instituto Politécnico de Tomar, foi docente de História e Estética do Cinema, Análise de Filmes e Estética do Cinema e de Teorias do Cinema entre 2010 e 2019. Fez ainda o seminário Documentary History no mestrado internacional Doc Nomads, organizado pela Universidade Lusófona em Portugal entre 2014 e 2023. É licenciado em Comunicação Social, com especialização no ramo de Cinema/Audiovisual, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

Em maio, a Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública dizia não haver “três candidatos com mérito” na fase final do concurso para a direção da Cinemateca Portuguesa e que, portanto, iria repetir o processo inicialmente lançado em novembro com caráter de “urgência”. A CReSAP é a responsável por apresentar ao Governo três finalistas para o cargo. A Cinemateca estava sem diretor desde fevereiro, quando José Manuel Costa cessou funções. Fonte do Ministério da Cultura garantiu ao Observador que desta vez chegaram de facto à fase final três candidatos, requisito obrigatório neste concurso.

José Manuel Costa fora designado diretor em 2014, na sequência de um concurso público realizado no ano anterior, e havia sido reconduzido no cargo de diretor por mais cinco anos, em março de 2019. Prolongou o seu mandato com uma autorização especial do Governo, que permitiu que José Manuel Costa se mantivesse em funções para lá dos 70 anos, cumpridos em maio de 2023.

O procedimento concursal apresentou novas regras em relação ao anterior, realizado em 2013, entre elas o facto de também aceitar candidaturas de cidadãos brasileiros, “a quem tenha sido reconhecido o estatuto de igualdade”, que residam em Portugal. Além disso, deixou de ser dada preferência a áreas de formação académica, quando antes tinham vantagem os candidatos formados em História, Direito, Economia, Gestão, Cinema e Comunicação Social. Os candidatos escolhidos ficam em regime de comissão de serviço por cinco anos, renováveis por igual período sem necessidade de novo concurso.

Entre os objetivos intrínsecos ao mais recente concurso da CReSAP para a nova equipa diretiva da Cinemateca estão o desenvolvimento de um novo projeto museológico e a conclusão dos projetos de digitalização do cinema português já em curso. As orientações estratégicas passam por ampliar a divulgação descentralizada do património cinematográfico, em rede e em cooperação com parceiros nacionais e internacionais, ou reforçar a relação da Cinemateca com as escolas.

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