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O Presidente da Venezuela anunciou um reforço do patrulhamento militar e policial, acompanhado por mobilizações do chavismo, até que se consolide a paz no país.

“A partir de hoje e durante todos os dias que estão por vir, até consolidarmos a paz, que se cumpra a ordem de patrulhamento militar e policial em todas as cidades venezuelanas e (…) o povo mobilizado nas ruas, todos os dias”, disse Nicolás Maduro.

Maduro falava para centenas de apoiantes que marcharam desde o populoso bairro de Petare (leste da capital) até ao palácio presidencial de Miraflores, no centro.

O Presidente da Venezuela disse que, a partir de 31 de julho, vão decorrer jornadas de mobilização das forças populares para “ativar a agenda” que assumiu e convidou os venezuelanos a realizar, no próximo sábado, a “mãe de todas as marchas” para celebrar a vitória nas presidenciais de domingo, em Caracas.

Por outro lado, disse estar à espera, no palácio presidencial do opositor Edmundo González Urrutia, que a oposição disse ter sido eleito Presidente da Venezuela.

“Aqui o espero, em Miraflores, González Urrutia, não demore em chegar, covarde […] Aqui os gringos [norte-americanos] não põem nem afastam [Presidentes]. Ao covarde, digo que dê a cara. Estás escondido. Deixa de agredir o povo”, disse.

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Maduro acrescentou que tinham sido detidas 10 pessoas por derrubar uma estátua do falecido líder socialista Hugo Chávez (presidente do país entre 1999 e 2013) e sublinhou que “não haverá perdão, mas justiça” para os fascistas.

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Por outro lado, criticou os governos dos países que não aceitam os resultados das eleições presidenciais de domingo: “Expulsei todo o pessoal diplomático e rompi relações com os governos fascistas“.

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Nicolás Maduro anunciou também a criação de um fundo especial de apoio às vítimas dos “comanditos fascistas” da oposição, ao qual atribui 10 milhões de dólares (nove milhões de euros).

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“Quem perdeu os seus negócios que tenham a certeza de que terão os recursos para os recuperem”, frisou.

Maduro criticou o silêncio da Conferência Episcopal Venezuelana perante a violência no país e anunciou que as forças de segurança vão deter todos “os terroristas”.

A Venezuela regista desde segunda-feira protestos em várias regiões do país contra os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O CNE da Venezuela proclamou oficialmente, na segunda-feira, como Presidente Nicolás Maduro, para o período 2025-2031.

De acordo com os dados oficiais do CNE, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,2% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos. O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), indicou o CNE.

A oposição venezuelana reivindica, contudo, a vitória nas eleições presidenciais, com 70% dos votos para Gonzalez Urrutia, afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.

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