O 40.º Jazz em Agosto começa esta quinta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com o quinteto Red Lily, do saxofonista James Brandon Lewis, que irá recordar o papel da cantora gospel e ativista dos direitos civis Mahalia Jackson.
Embora se trate de um número redondo, a 40.ª edição do Jazz em Agosto, que decorre até 11 de agosto, “não será uma edição comemorativa, é mais uma parte que se vai juntar ao todo” e que vai reunir no festival as escolhas musicais que a direção executiva e artística considera “as mais marcantes e desafiadoras no jazz e na música criativa menos acomodada no tempo presente”, de acordo com a organização.
O saxofonista James Brandon Lewis regressa ao Jazz em Agosto na sexta-feira, integrado no projeto encabeçado pela guitarrista Ava Mendoza e pelo baixista Davin Hoff, “inspirado no amor que partilham por referências tão díspares quanto o hardcore dos Black Flag e o jazz-funk do Prime Time de Ornette Coleman”.
Neste projeto participa ainda o baterista Ches Smith.
O guitarrista Bill Orcutt apresenta-se no sábado em formato quarteto, com outros três guitarristas: Ava Mendoza, Shane Parish e Wendy Eisenberg, e o baterista Lucas Nigli leva ao Jazz em Agosto, no domingo, o decateto Sound of Serendipity.
O trio Move, que junta o baterista João Valinho, o saxofonista Yedo Gibson e o baixista Felipe Zenícola atua na segunda-feira.
Para o dia seguinte está marcada a atuação do trio The Selva, que junta Ricardo Jacinto, no violoncelo e na eletrónica, Gonçalo Almeida, no contrabaixo e na eletrónica, e Nuno Morão, na bateria e na percussão.
Em 7 de agosto, apresenta-se o trio liderado pelo guitarrista Brandon Seabrook, acompanhado por Gerald Cleaver (bateria e eletrónica) e Pascal Niggenkemper (contrabaixo).
No dia 8 de agosto, é apresentada “fLuxKit Vancouver”, composição do saxofonista Darius Jones, dividida em quatro movimentos e resultante de uma encomenda do centro de artes Western Front, em Vancouver, no Canadá.
Já no dia 9, é a vez de um projeto dedicado à vida do compositor e saxofonista Anthony Braxton: The Locals, do pianista Pat Thomas.
O trompetista Peter Evans sobe a palco em 10 de agosto, com a banda Being & Becoming, da qual fazem parte ainda Joel Ross (vibrafone e percussão), Nick Jozwiak (contrabaixo) e Michael Shekwoaga Ode (bateria).
O Jazz em Agosto encerra no dia 11 com a Fire! Orchestra, uma super-formação de 16 elementos, da qual fazem parte, entre outros, o saxofonista e flautista Mats Gustafsson, o contrabaixista Johan Berthling, o guitarrista Julien Desprez, a trompetista Susana Santos Silva e o saxofonista e clarinetista Fredrik Ljungkvist.
Os espetáculos acima mencionados acontecem todos no Anfiteatro ao ar livre da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O Grande Auditório irá acolher três atuações: no sábado é celebrada a “Sagração da Primavera”, de Stravinsky, em versão para dois pianos por Sylvie Courvoisier e Cory Smythe; no dia 9 sobe a palco o DJ, compositor e videasta dieb13, “liderando uma armada de 14 músicos peritos em ambientes experimentais” e no dia 11 de agosto, apresentam-se os Black Duck, “um produto da imensa e pujante fertilidade criativa de Chicago”.
O Auditório 2 recebe um encontro entre “a guitarra magnética” de Norberto Lobo, o violoncelo de Helena Espvall, e o violino de Maria Rocha, na sexta-feira; a dupla Ava Mendoza, com a sua “indomada guitarra”, e Gabby Fluke — Mogul, e o seu “violino disruptivo”, no domingo o sexteto português Made of Bones, a 10 de agosto.
Os preços dos bilhetes para os concertos do Jazz em Agosto variam entre os sete e os 20 euros. Além dos bilhetes individuais, há passes disponíveis (que incluem cinco, seis ou 14 concertos), cujos valores variam entre os 65 e os 130 euros.