Álvaro Beleza, o mandatário nacional da candidatura de Pedro Nuno Santos às últimas legislativas, defende que o PS deve viabilizar o próximo Orçamento do Estado, mas não deve participar nas negociações com o Governo. Considera que é preciso um acordo de cavalheiros para evitar eleições e para que pelo menos o primeiro Orçamento do Estado tenha luz verde.

​No programa Comissão de Inquérito, do Observador, Beleza começou por dizer que “a questão do Orçamento do Estado é simples” e que “o PS só pode aprovar ou abster-se num Orçamento que não vá contra os seus princípios fundamentais”. Quanto ao momento específico do primeiro Orçamento deste Governo de Montenegro, foi perentório: “Eu deixava passar este Orçamento, mas não negociava nada.”

“Ter um Orçamento a meias entre o PSD e o PS não é nada”, afirmou, argumentando que “se a o PSD está no Governo e a direita é maioritária que façam o seu Orçamento” porque “se Orçamento tiver parte das propostas do PS, o PS está lá sem estar no Governo e isso não tem vantagens“.

Deste modo, considera que o PS “deve viabilizar por uma questão de democracia“. “Não faz sentido haver eleições, o Governo nem um ano tem e no primeiro Orçamento devia haver um gentlemen’s agreement“, justifica o mandatário nacional da candidatura de Pedro Nuno Santos nas últimas eleições, reconhecendo que não sabe se o líder socialista partilha ou não da mesma opinião.

Álvaro Beleza considera ainda que o líder da oposição está num dos “lugares mais difíceis da política portuguesa”, a par com o do ministro da Saúde, e quando chega a primeiro-ministro “já é o maior e toda a gente o segue”.

Álvaro Beleza: “Orçamento de Estado devia ser viabilizado, mas sem medidas do PS”

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