Todos partiam com os seus objetivos para estes Mundiais não olímpicos de Samarcanda. Teresa Portela ia em busca do seu primeiro título na competição de seniores, Fernando Pimenta queria esquecer a desilusão na final de K1 1.000 dos Jogos, Messias Baptista pretendia virar a página depois da sexta posição na final do K2 500 com João Ribeiro em Paris, Francisca Laia ambicionava alcançar mais uma medalha depois da prata em K2 200 mistos com Messias Baptista em 2021. No plano individual ou em K2, todos estavam a cumprir essas metas. Agora, surgia um último desafio: juntarem-se para deixar marca numa prova em estreia.

Há vida depois dos Jogos: Teresa Portela e Messias Baptista campeões do mundo em K2 500 misto

Depois de um apuramento prometedor numa corrida de K4 500 misto que constava pela primeira vez no programa de um Mundial não olímpico, os quatro canoístas portugueses presentes em Samarcanda, no Uzbequistão, entravam na luta pelas medalhas que ficariam sempre na história tendo em conta a decisão inédita que tinham pela frente. Também aqui, não falharam e Portugal conquistou a medalha de bronze.

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Mais um bálsamo de ouro para curar a ferida dos Jogos: Messias Baptista sagra-se campeão mundial de K1 200

Apesar de ser a única embarcação em que todos os atletas já tinham discutido uma final na manhã deste domingo (ouro para Messias Baptista no K1 200, prata para Fernando Pimenta no K1 500 e prata para Teresa Portela e Francisca Laia no K2 200, a que se juntava ainda o ouro de Messias Baptista e Teresa Portela no K2 500 misto este sábado), Portugal passou os 250 metros a discutir a entrada nas posições de pódio mas mostrou uma ponta final mais forte que permitiu segurar o bronze na luta com a Eslováquia.

Depois do ouro, a prata: Teresa Portela conquista sagra-se vice-campeã mundial de K2 200 com Francisca Laia

Nadzeya Kushner, Volha Khudzenka, Uladzislau Kravets e Dzmitry Natynchyk, da equipa neutra, estiveram sempre na liderança da prova e conseguiram a medalha de ouro com 1.24,907, batendo a embarcação da Hungria com Laura Ujfalvi, Emese Kohalmi, Mark Opavszky e Gagely Balogh (1.25,731). Portugal terminou em terceiro com 1.26,320, à frente dos eslovenos Mia Medved, Anja Osterman, Anze Urankar e Rok Smit (1.26,980). Seguiram-se Polónia, Noruega, Rep. Checa, Espanha e Suécia na final do K4 500 misto.

Chorou, levantou a cabeça, treinou, voltou aos pódios: Fernando Pimenta vice-campeão mundial de K1 500

Com mais um pódio, Portugal, representado apenas por quatro atletas nestes Mundiais, soma já um total de cinco medalhas no Uzbequistão: ouro em K1 200 com Messias Baptista e K2 500 misto com Messias Baptista e Teresa Portela; prata em K1 500 com Fernando Pimenta e K2 200 com Teresa Portela e Francisca Laia; e bronze no K4 500 misto com Teresa Portela, Fernando Pimenta, Messias Baptista e Francisca Laia. Mais logo haverá ainda mais uma decisão, neste caso a última: final do K1 5.000 com Fernando Pimenta.