O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, disse esta segunda-feira que o país recebeu, entre 2019 e 2023, cerca 8,9 mil milhões de euros em investimentos e pediu aos empresários “diversificação” dos destinos das exportações.

“Registamos um fluxo de investimentos diversificados acima de 10 mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros) entre 2019 e 2023 direcionados para os setores de energia em 40%, turismo em 18%, indústria em 15 %, serviços com 14% e construção na ordem de 5%”, declarou o Presidente moçambicano, durante a abertura da 59.ª edição da Feira Internacional de Maputo (Facim), que decorre na província de Maputo até domingo.

Filipe Nyusi destacou que grande parte dos investimentos que ocorreram em Moçambique no período em referência são fruto, sobretudo, das medidas de aceleração económica, destacando a redução do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) e a isenção de vistos para 29 países em 2022, que permitiram “a diversificação da economia”.

“Em termos da nossa estrutura do Produto Interno Bruno (PIB), esta realidade está mais do que patente” como ilustram os registos do primeiro trimestre do ano corrente, em que “os ramos de agricultura e outras atividades relacionadas que contam com 31,5%, a indústria extrativa, com peso de 10,5%, transportes, armazenagem e comunicações, com 8,5%, o ramo de comércio e serviços de reparação, com peso de 8%, e indústria com 7%”, detalhou Nyusi.

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O Presidente referiu que Moçambique tem estado a registar uma dinâmica moderada de crescimento económico, com o PIB a alcançar uma evolução de 5% em 2023, sendo que no primeiro trimestre de 2024 o seu crescimento foi de 3,2%, abaixo dos 5,5% da previsão anual.

“Este resultado foi fruto do pendor das medidas contracionistas da política monetária que conduziram à atual situação, onde se conjugam a baixa inflação com tendências sólidas de crescimento económico, igualmente com exportações a par da estabilidade cambial“, referiu o chefe do Estado moçambicano.

No seu discurso de abertura da Facim, Filipe Nyusi pediu ainda aos empresários para “diversificarem” os destinos dos seus produtos, lembrando que Índia, África do Sul, China, Reino Unido, Itália, Correia do Sul, Croácia, Tailândia, Singapura são os atuais locais preferenciais das exportações moçambicanas.

“Isso é um TPC [trabalho para casa] que temos, há que diversificar mais em qualidade e quantidade os destinos dos nossos produtos e de forma competitiva”, apelou Filipe Nyusi.

A Feira Internacional de Maputo, a maior exposição de bens e serviços de Moçambique, vai decorrer até 1 de setembro, contando com a presença de 3.300 expositores de 26 países, das quais 2.300 empresas são moçambicanas e 750 estrangeiras, de acordo com dados do Ministério da Indústria e Comércio, que promove a exposição.