O líder do Chega/Açores, José Pacheco, considerou esta quinta-feira que ainda há afinações a fazer no processo de recuperação do Hospital de Ponta Delgada e defendeu que se deve “investir forte” nos centros de saúde açorianos.

“Percebemos que há coisas que ainda precisam de alguma afinação, mas que outras já estão a funcionar e há aqui muita boa vontade da parte dos profissionais em pôr o hospital a funcionar”, afirmou.

José Pacheco falava na sequência da visita que esta quinta-feira fez ao Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), que sofreu um incêndio em maio que o deixou inoperacional, na qual foi acompanhado pelos deputados do Chega/Açores e pelo conselho de administração do hospital.

Referindo-se àquilo que considera “estar mal”, o líder do Chega/Açores afirmou que “o que está mal já vem detrás”.

“Este hospital, desde o dia que abriu já tinha fragilidades que se foram agravando por desmazelo dos sucessivos governos socialistas”, disse.

Defendendo a necessidade de se “tratar a saúde com estratégia, com investimento e muito respeito por quem trabalha, mas especialmente pelos doentes”, José Pacheco frisou que o HDES “é o pior exemplo do que teve o PS/Açores”, que “foi o desmazelo, o abandono, o não ouvir”.

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O dirigente defendeu também a necessidade de se “investir forte” nos centros de saúde dos Açores “conseguindo-se ter uma rede de cuidados”, salvaguardando que, com o incêndio, “por acaso havia um hospital privado que acolheu uma série de doentes e serviços”, evitando-se “uma situação muito grave”.

O líder do Chega/Açores salvaguardou, por outro lado, que o hospital modular que está a ser construído entre o HDES e a Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel “tem que ser sempre uma solução de recurso, nunca pode ser uma cabana para ficar 20 anos”, afirmando que tem uma garantia do presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, nesse sentido.

Hospital modular de Ponta Delgada com urgência operacional em agosto

Em 17 de julho, o Governo Regional indicou que o hospital modular estaria operacional em agosto, sendo uma estrutura que permite melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde e servir de retaguarda.

O serviço de urgência será a primeira valência a abrir, informou, na altura, o executivo.

O incêndio que deflagrou em 4 de maio no hospital de Ponta Delgada causou prejuízos estimados em 24 milhões de euros e obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.

A reabertura dos serviços do HDES tem sido feita de forma progressiva.