O deputado único da Iniciativa Liberal (IL) no parlamento dos Açores, Nuno Barata, defendeu esta quinta-feira a “descida imediata” do Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISPP) nas ilhas, acusando o Governo Regional de coligação de estar “a roubar” os açorianos.

“Já há dois meses que o Governo dos Açores aumenta o valor do combustível, por via do aumento do imposto sobre o gasóleo e a gasolina”, criticou o parlamentar liberal num vídeo publicado nas redes sociais, acrescentando que o executivo de coligação PSD/CDS-PP/PPM está, com isto, “a esbulhar” e “a roubar” os açorianos “de uma forma descarada”.

No seu entender, o Governo não deveria ter subido o imposto uma vez que “todos os analistas nacionais e internacionais, previam um abaixamento das matérias-primas nos mercados internacionais”.

Nuno Barata lembrou ainda que os açorianos poderiam agora estar a pagar cerca de menos 5 cêntimos por cada litro de combustível, se esses aumentos não se tivessem verificado.

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Com estas políticas, iguais às do PS, o Governo prejudica os setores produtivos, os setores ascendentes da economia regional e as famílias, que têm que recorrer a transporte próprio para se deslocarem para o trabalho”, lamentou Nuno Barata.

Para os liberais açorianos, a este problema dos combustíveis, soma-se outro, o dos transportes públicos de passageiros, que o Governo “não soube, e ainda não sabe, como vai tratar”.

O Governo Regional do PSD/CDS-PP/PPM é assim igual ao Governo dos Açores do PS. Prefere que as pessoas desistam de trabalhar por falta de condições para pagar aquilo que precisam pagar para se deslocar para o trabalho”, insistiu o deputado da IL.

Nuno Barata levanta mesmo dúvidas quanto às reais intenções destas medidas, que considera serem prejudiciais para a economia regional, e questiona-se se tudo isto não passa de uma “estratégia política”.

Se calhar, é mesmo isso que PSD, CDS e PPM querem. Mais gente no Rendimento Social de Inserção e menos gente a trabalhar. Assim, aumenta a sua clientela, como o PS aumentou a sua. E aumenta também a clientela do Chega, pois quanto mais beneficiários do Rendimento Social de Inserção existirem para serem perseguidos, mais argumentos políticos têm para falar deles”, ironizou.

Para o deputado liberal açoriano, só há uma maneira de defender as empresas e as famílias, que é diminuir a carga fiscal e “tirar Estado de cima delas”.