As províncias moçambicanas de Sofala, no centro de Moçambique, e Maputo, no sul do país, anunciaram a criação de pontos de isolamento para prevenir eventuais casos de Mpox no país.
“Fizemos este processo de ativar o plano de resposta e todas as sedes distritais receberam orientações para terem um ponto de isolamento para estes casos, porque eventualmente há casos suspeitos”, disse Assane Abdala, médico chefe na província de Sofala, citado esta sexta-feira pela comunicação social.
O Ministério da Saúde de Moçambique anunciou, na segunda-feira, que o país continua sem casos positivos de mpox, após análises a sete casos suspeitos da doença registados entre 14 e 26 de agosto e que deram resultado negativo.
Além de Sofala, a província de Maputo também ativou o plano de resposta, que inclui igualmente a criação de pontos de isolamento e o reforço de controlo fronteiriço.
“Há um reforço no controlo, sobretudo fronteiriço. Quando as unidades de saúde têm um caso suspeito fazemos a recolha da amostra e enviamos ao Instituto Nacional de Saúde”, declarou a médica chefe da província de Maputo, Celestina da Conceição, também citada hoje pala comunicação social.
O Instituto Nacional de Saúde (INS) moçambicano disse à Lusa, na segunda-feira, que está em prontidão laboratorial máxima para fazer a testagem de casos suspeitos de mpox no país, acreditando que pode responder a qualquer demanda.
Em termos de testagem, estamos em prontidão laboratorial máxima. Temos capacidade de aumentar a nossa capacidade e a nossa dinâmica, se for necessário, mas o número de suspeitos [ainda] é baixo, não nos parece que a curto prazo essa seja a nossa preocupação”, disse o diretor nacional do INS, Eduardo Samo Gudo.
O Malaui não registou nenhum caso de mpox até 24 de agosto, segundo um comunicado do Ministério da Saúde daquele país, que admitiu, entretanto, que o país está em “grande risco”.
“O Ministério da Saúde continua a lembrar ao público que Malaui corre um grande risco de contrair a doença, uma vez que se trata de uma ameaça global. O ministério está a trabalhar em colaboração com a Organização Mundial de Saúde, o CDC África [Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças] e todos os parceiros para prevenir a doença no país”, lê-se no comunicado das autoridades malauianas.
Mais de 22.800 casos e pelo menos 622 mortes por mpox foram registados desde janeiro em 13 países africanos, confirmou, na terça-feira, a União Africana.
Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, tendo o primeiro alerta sido levantado em maio, depois de a propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo.