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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deverá anunciar na quarta-feira mudanças em mais de metade do governo, segundo o porta-voz do seu partido, Servo do Povo, no parlamento, David Arajamia.

“Tal como prometido, esta semana podemos esperar uma mudança importante no governo. Mais de 50% dos membros do Conselho de Ministros vão sofrer alterações”, anunciou Arajamia no Telegram, quando começaram esta terça-feira a circular vários nomes que estão de saída do executivo.

Trata-se dos ministros das Indústrias Estratégicas, Alexander Kamishin, da Justiça, Denis Maliuska, do Ambiente e Recursos Naturais, Ruslan Strilets, que apresentaram a demissão perante o parlamento. O Ministério das Indústrias Estratégicas supervisiona a produção de armamento para o esforço de guerra.

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O presidente do parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk, relatou ainda o pedido de demissão da primeira-ministra-adjunta, Olha Stefanishyna, e do diretor do Fundo de Propriedade do Estado, Vitalii Koval. Stefanishyna era, até esta terça-feira, responsável pela integração de Kiev na comunidade europeia.

As mudanças estendem-se ao gabinete presidencial. Num decreto publicado esta terça-feira, o Presidente Volodymyr Zelensky anunciou o despedimento do seu chefe de gabinete, Rostylav Shurma. Da mesma forma que os ministros apresentaram a demissão sem justificações, Zelensky também não adiantou outras informações sobre esta decisão.

Na sua conta de Telegram, Arajamia explicou que as demissões serão anunciadas na quarta-feira e as nomeações dos novos membros do governo um dia depois.

Onda de demissões na Ucrânia: entre vice-ministros e governadores regionais, já caíram 11 figuras das estrutura de poder de Kiev

A possibilidade de uma mudança profunda no executivo já tinha sido avançada pelos media ucranianos ao longo deste ano, relata o Kyiv Independent. A confirmar-se, a remodelação governamental não será a primeira no executivo ucraniano desde a invasão russa, em fevereiro de 2022, mas ocorre numa fase sensível.

Enquanto as forças ucranianas reivindicam o controlo de parte da província russa de Kursk, as tropas de Moscovo continuam a progredir na frente de Donetsk, no leste da Ucrânia, ao mesmo tempo que os seus raides aéreos castigam as infraestruturas energéticas do país, antes da chegada do inverno.

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Um bombardeamento russo com dois mísseis balísticos Iskander-M contra o Instituto Militar de Comunicações da cidade de Poltava, no centro da Ucrânia, matou esta terça-feira pelo menos 51 pessoas, segundo o último balanço das entidades oficiais, sendo já um dos ataques mais mortíferos do conflito.