Angola registou na época chuvosa 2023/2024 um total de 567 mortos, mais 175 que no período anterior, números que preocupam as autoridades angolanas, disse esta quinta-feira o comandante nacional do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros.

Manuel Lutango falava à imprensa no final da reunião ordinária da Comissão Nacional de Proteção Civil, orientada pelo seu coordenador, o ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, que procedeu ao balanço da época chuvosa 2023/2024 e analisou o Plano de Ação para a nova estação de chuvas iniciada a 15 de agosto.

Segundo Manuel Lutango, “os dados foram atípicos”, porquanto foi registado um elevado número de mortes, o que “preocupa se for a comparar com o período anterior”.

O responsável afirmou que a comissão começou a perspetivar as ações para a presente época chuvosa, salientando que a passada foi bastante intensa.

Afirmando que, na anterior época, “começou a chover desde agosto com bastante intensidade”, o que não aconteceu nesta época chuvosa, Lutango disse ser “necessário despoletar todos os mecanismos” para garantir a segurança das populações, dos seus haveres e do meio ambiente.

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Nesta altura, prosseguiu Manuel Lutango, estão identificadas um total de 50.850 famílias, que totalizam 228.825 pessoas, em situação de risco.

“Foi analisado um plano de ação para a presente época chuvosa. Este plano de ação é composto por ações multissetoriais, que passam desde a sensibilização de alguns populares em zonas de risco, processo contínuo, passa também por resgate e salvamento, resposta no atendimento e reassentamento de populares em zonas de risco, apoio medicamentoso, uma série de atividades previstas”, declarou.

O período de chuvas em Angola inicia-se a 15 de agosto e termina a 15 de maio.