Os quatro detidos na Operação Zelador, relacionada com as agressões ao vigilante do condomínio onde reside o presidente do FC Porto, foram acusados pelos crimes de furto qualificado, dano e roubo, adianta esta quinta-feira a Procuradoria-Geral Regional do Porto.

Na sua página oficial de Internet, a procuradoria revelou que, por despacho datado de 8 de agosto, o Ministério Público (MP) acusou os quatro suspeitos da prática, em coautoria, de 12 crimes de furto qualificado — cinco dos quais na forma tentada —, seis crimes de dano e um crime de roubo.

Um dos arguidos responde ainda pelo crime de condução sem habilitação legal, acrescenta.

Segundo a acusação, estes suspeitos, entre os 18 e 22 anos e a aguardar julgamento em prisão preventiva, combinaram entre si na madrugada de 22 de novembro de 2023 de se apropriarem “do máximo” de objetos e dinheiro que conseguissem e vandalizar carros e lojas comerciais na cidade do Porto, “recorrendo mesmo a agressões físicas”.

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Desta forma, em vários locais do Porto, em especial na zona da Foz, os arguidos apoderaram-se de bens e dinheiro do interior de dois estabelecimentos comerciais e de vários automóveis, além de os danificarem com recurso a um martelo, salienta a procuradoria.

Ainda durante essa madrugada, os suspeitos deslocaram-se até à residência do agora presidente do FC Porto, André Villas-Boas que, à data dos acontecimentos, era candidato à liderança da presidência dos `dragões´, e agrediram o zelador do condomínio, retiraram-lhe os seus pertences e a sua viatura, a qual usaram para praticar parte dos furtos, descreve a Procuradoria-Geral Regional do Porto.

“O Ministério Público requereu a condenação dos arguidos no pagamento ao Estado das vantagens da atividade criminosa, sem prejuízo dos direitos dos ofendidos em serem ressarcidos dos prejuízos sofridos”, conclui.

No âmbito da Operação ‘Zelador’, que teve início em novembro de 2023, a PSP aprendeu um automóvel, um motociclo, diversos telemóveis, peças de vestuário, equipamentos e ferramentas.