O chanceler alemão afirmou esta quinta-feira que nem “o antissemitismo nem o islamismo têm lugar” no país, referindo-se à suspeita de o ataque desta quinta-feira em Munique ter sido uma incursão islâmica frustrada contra o Consulado Geral de Israel.

“Deixem-me ser muito claro: o antissemitismo e o islamismo não têm lugar aqui”, afirmou Olaf Scholz, na sua conta da rede social X, numa mensagem em que agradece a “rápida reação dos serviços de emergência em Munique”.

Segundo o governante, “algo terrível” foi evitado graças à intervenção dos agentes, que atingiram um austríaco de 18 anos que disparou várias vezes junto ao Consulado Geral de Israel em Munique.

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Também a ministra da Administração Interna, Nancy Faeser, agradeceu à polícia por ter impedido um “ato terrorista” em Munique.

“A reação rápida e decisiva da polícia de Munique deteve hoje um assassino e possivelmente impediu um ato de violência terrorista. Os nossos agradecimentos e o nosso respeito aos serviços de emergência“, disse a governante, informando que falou com o embaixador israelita na Alemanha e com o seu homólogo austríaco.

“As investigações revelarão os antecedentes deste crime”, estimou.

Vários meios de comunicação social alemães noticiaram que as autoridades austríacas já tinham investigado o jovem por suspeitas de simpatia pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

As autoridades alemãs suspeitam ainda que o jovem possa ter planeado um atentado no 52.º aniversário do ataque aos Jogos Olímpicos de Munique.

O edifício do consulado israelita foi encerrado esta quinta-feira em memória do massacre de Munique, ocorrido a 5 de setembro de 1972, quando membros do grupo palestiniano Setembro Negro — ligado à Organização de Libertação da Palestina — mataram dois membros da delegação israelita na aldeia olímpica e fizeram nove outros reféns, exigindo a libertação de 234 prisioneiros palestinianos.

Munique. Polícia abate jovem de 18 anos que usou arma de fogo perto de arquivo histórico Nazi e de consulado israelita

Numa operação de resgate falhada morreram os nove reféns, um agente da polícia alemã e cinco dos sequestradores.