O ministro Pedro Duarte, que foi eleito líder distrital do PSD/Porto com 92,1% dos votos, disse à Lusa que terá de encontrar “um grande candidato” para o Porto, mas garantiu estar focado nas suas funções no Governo.

Segundo os resultados do sufrágio decorrido ao final da tarde e noite de sexta-feira, a que a Lusa teve acesso, a Lista A à Comissão Política Distrital Permanente, única candidata e encabeçada pelo ministro dos Assuntos Parlamentares Pedro Duarte, venceu com 92,1% dos votos.

A Lista A foi também única candidata e vencedora na Mesa da Assembleia Distrital (92,4%), Conselho de Jurisdição Distrital (94,0%) e Comissão Distrital de Auditoria Financeira (91,3%).

No total dos 18 concelhos do distrito votaram 3.432 votantes de 9.112 inscritos, correspondendo a uma taxa de abstenção de 62,3%.

“Tenho noção que, tendo agora a responsabilidade de liderar a distrital do Porto, tenho esta incumbência de encontrar um grande candidato que possa ser um grande presidente da Câmara do Porto”, disse este sábado à Lusa Pedro Duarte. O dirigente do PSD adiantou que “essa é uma reflexão que só vai ser feita no próximo ano, com tranquilidade e com serenidade”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Questionado sobre se o seu nome é um dos possíveis para a autarquia da capital de distrito, o atual ministro dos Assuntos Parlamentares disse estar dedicado às suas atuais funções.

“Eu estou completamente focado na missão que estou a desempenhar no Governo, e portanto não tenho mais nada no meu horizonte”, vincou, considerando o aparecimento do seu nome como possível candidato à Câmara do Porto como “especulação natural neste tipo de momentos”. Pedro Duarte assinalou que atualmente ainda se está “bastante longe do momento das decisões a esse respeito”.

O atual ministro dos Assuntos Parlamentares disse que, com a sua candidatura única à distrital do PSD, o objetivo de conseguir coesão interna “já está adquirido”. “Julgo que os resultados são inequívocos, que se consolidou uma visão muito consensual dentro do distrito do Porto”, vincou.

Quanto a objetivos para as eleições autárquicas do próximo ano, o principal é “aumentar o número de votos e o número de mandatos”, com candidaturas “que sejam convincentes e mobilizadoras da população” nos 18 municípios e respetivas freguesias do distrito do Porto.

“Vamos tentar, em termos gerais, aumentar o número de votos e o número de mandatos. Se isso nos permitir ter o maior número de Câmaras no final, termos a liderança da Área Metropolitana do Porto, termos a liderança da Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa, isso será uma consequência deste objetivo que é, de facto, crescermos em todo o lado”, disse à Lusa.

Atualmente, o PS lidera no distrito do Porto, com 12 câmaras municipais, havendo ainda cinco do PSD e uma independente (Porto). Questionado se ultrapassar o PS é um objetivo claro, Pedro Duarte disse compreender “que a análise seja feita dessa forma”, mas rejeitou “uma meta quantitativa no que diz respeito ao número de câmaras” a conquistar.

“Enquanto responsáveis políticos do distrito, não vamos lutar para ter 12 Câmaras, ou 13 ou 11, ou 10. Temos de lutar para ter as 18. Sabemos, à partida, que isso é provavelmente impossível. Mas a atitude e o estado de espírito tem de ser de apostar em todas”, destacou.