Com a qualificação para o Campeonato da Europa de Sub-21 do próximo ano, na Eslováquia, a caminhar a passos largos para o final, Portugal podia garantir já esta terça-feira a presença no playoff que, num cenário altamente provável, seria suficiente para garantir a presença direta na fase final como um dos melhores terceiros classificados. Para isso era necessário superar a Croácia neste reencontro e chegar aos 21 pontos na liderança do Grupo G. E assim foi.

Depois da vitória expressiva em Faro na última jornada frente à congénere croata (5-1), a equipa de Rui Jorge mantinha-se na pole position do seu agrupamento, com mais dois pontos que o rival de leste e quatro que a Grécia, que tinha mais um jogo, mas perfilava-se como a única equipa que conseguiu superar a formação lusitana (2-1, em Tripoli). Perante o cenário vantajoso e um encontro teoricamente mais difícil daquele que aconteceu em março, o empate seria o mal menor para a Seleção Sub-21, deixando tudo em aberto para a dupla jornada de outubro.

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“Sabemos que, se vencermos a Croácia, damos um passo muito importante rumo à qualificação direta. Sabemos que há três resultados possíveis, vamos lutar por aquele que nos interessa mais, que é a vitória, sabendo que qualquer outro resultado não fecha as contas do grupo. Sinto o grupo bem. Os jogadores têm estado excelentes ao nível da atitude e motivação. Os jogadores que chegaram a este grupo também estão a demonstrar que querem estar aqui e isso é muito importante para nós também. Estou satisfeito e vamos tentar corresponder amanhã [terça-feira]”, assumiu Rui Jorge na antevisão a este encontro.

Assim, o selecionador Sub-21 contou com apenas seis dos titulares que alinharam na última partida, com Samuel Soares, Rafael Rodrigues, Paulo Bernardo, Mateus Fernandes, Fábio Silva e Tiago Tomás a continuarem na equipa. Gabriel Brás juntou-se a Eduardo Quaresma no centro da defesa e estreou-se pela Seleção deste escalão. Portugal começou bem e apresentou-se muito dinâmico com bola, cabendo aos alas darem largura ao jogo lusitano. Na primeira ocasião, Mateus Fernandes obrigou Cavlina a uma grande intervenção (22′). O guarda-redes continuou em destaque na baliza croata e, pouco depois, evitou o golo de Tiago Tomás (31′). Apesar do domínio português, o marcador não mexeu na primeira parte.

Na segunda metade, Portugal continuou dominador e a criar mais perigo, ao passo que a Croácia procurou surpreender a defensiva lusitana através de ataques rápidos. Foi através de uma grande jogada coletiva que a Seleção Nacional chegou ao golo inaugural, com Paulo Bernardo a dar seguimento a um cruzamento atrasado de Tiago Tomás (50′). Os croatas responderam com duas alterações e um cabeceamento perigoso de Matkovic a obrigar Samuel Soares a aplicar-se (65′). Na jogada seguinte, Tiago Tomás apareceu isolado, mas rematou contra Cavlina (65′).

Com o resultado favorável, Rui Jorge aproveitou para estrear mais um jogador da formação do FC Porto: Rodrigo Mora. Já nos últimos minutos do encontro, o jovem de 17 anos mostrou todos os seus pergaminhos com a bola nos pés, mas Cavlina voltou a evidenciar-se (87′). Antes, Ivanovic apareceu com perigo na área portuguesa, rematando para intervenção de Samuel Soares (86′). Com a Croácia balanceada para o ataque, Portugal aproveitou para dar a estocada final no desafio, com Mora a servir Carlos Forbs para o 0-2 (89′). Com este triunfo, Portugal está praticamente apurado para o Europeu, precisando de somar apenas um ponto nas deslocações às Ilhas Faroé e a Andorra.