O Governo decidiu criar um grupo de trabalho para combater o bullying nas escolas, que irá apresentar os primeiros resultados em dezembro, anunciou esta quarta-feira a ministra da Juventude e Modernização.

Durante uma reunião na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, Margarida Balseiro Lopes explicou que o grupo inclui uma “personalidade de reconhecido mérito” e representantes das direções gerais de Educação e dos estabelecimentos escolares e dos gabinetes dos Ministérios da Juventude e da Educação.

Este grupo irá “estudar o fenómeno”, propor uma “campanha nacional sobre os efeitos devastadores do bullying” e propor a criação de “materiais para todos os intervenientes no meio escolar, guiões para técnicos e docentes e infografias para os alunos”, bem como “recomendações concretas para o próximo ano letivo” e uma proposta de um “mecanismo eficaz de denúncia”, disse a ministra aos deputados.

Em declarações à Lusa, a governante explicou que, até dezembro, o grupo deve “preparar uma campanha nacional de combate e prevenção do bullying“, fazer “um guião do ponto de vista operacional para os assistentes operacionais para saber como atuar” entes casos, um guião para professores e informações aos estudantes, para “compreenderem se são potenciais vítimas de bullying, mas também os colegas que estão à volta”.

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Será também feito um documento infográfico sobre “o que é que é bullying, o que é que devem fazer, com quem é que devem falar. Esta dimensão é muito importante”, explicou a governante.

“Uma outra tarefa deste grupo vai ser propor um canal de denúncia deste tipo de situações” e será “feito também um inquérito” que faça “um diagnóstico da situação atual”, disse Balseiro Lopes.

Até dezembro estas tarefas devem estar concluídas e será apresentado “um relatório com recomendações” para que o Governo possa analisar, “discutir e apresentar medidas para o próximo ano letivo”.

O grupo irá também “ouvir especialistas e vão ouvir as entidades relacionadas com o tema”, de modo a recolher outros contributos, acrescentou, dando o exemplo das forças de segurança — que tem o projeto Escola Segura — ou peritos em bullying online.

O tema é “muito importante” e “temos de abordar de facto o problema de modo integrado”, de modo que as escolas depois apliquem de facto o plano de combate ao bullying, disse ainda Margarida Balseiro Lopes.