O Parlamento Europeu reconheceu esta quinta-feira Edmundo González Urrutia como presidente legítimo e democraticamente eleito da Venezuela. No que toca ao sentido de votação dos eurodeputados portugueses, destaque para um dado relevante: os parlamentares eleitos pelo PS dividiram-se no momento da decisão, com Marta Temido, Ana Catarina Mendes e Bruno Gonçalves a desalinharem com a restante delegação portuguesa.

O texto da resolução foi negociado e desenhado por Sebastião Bugalho, cabeça de lista da Aliança Democrática nas últimas europeias, e pelo espanhol Gabriel Mato, tendo contado com alguns contributos dos socialistas europeus (S&D) do grupo Renew, que a IL integra, das bancadas mais à esquerda e dos Verdes europeus. A resolução conjunta foi aprovada com 309 votos a favor, 201 votos contra e 12 abstenções.

Entre os eurodeputados eleitos pelo PS, Francisco Assis, Isilda Gomes, Sérgio Gonçalves, André Rodrigues e Carla Tavares votaram a favor, ao contrário dos já mencionados Marta Temido, Ana Catarina Mendes e Bruno Gonçalves. Estes cinco acabaram por votar em sentido contrário ao da bancada do S&D e divergiram dentro do próprio PS.

Também Catarina Martins e João Oliveira votaram contra. João Cotrim Figueiredo e Ana Vasconcelos, ambos da IL, não votaram de todo a resolução. As delegações da AD e do Chega votaram em conjunto a favor do reconhecimento de Edmundo González Urrutia como presidente legítimo da Venezuela.

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O texto aprovado esta quinta-feira em plenário insta os países da União Europeia a encetarem todos os esforços possíveis para assegurar a tomada de posse de Edmundo González no dia 10 de janeiro de 2025.

Acedendo a uma reivindicação do Partido Popular Europeu (PPE), a resolução também pede a detenção de Nicolas Maduro por “crimes contra a humanidade e por todas as graves violações dos direitos humanos”.

*Artigo corrigido às 17h09 com a votação contra de João Oliveira