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Quantas gelatarias cabem na mesma rua? A Giola abriu portas na Praça das Flores

Sem temer as filas da vizinha Nanarella, Luís Matoso e a espanhola Maria Alvarez García servem mais gelados. A Giola quer ser "um happiness place", com opções vegan e um espelho instagramável.

Giola Gelato abriu portas na Praça das Flores a 22 de junho
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Giola Gelato abriu portas na Praça das Flores a 22 de junho

Giola Gelato abriu portas na Praça das Flores a 22 de junho

Foi a dois passos da icónica Nannarella que, no início do verão, Luís Matoso e Maria Alvarez García, filha da criadora espanhola Purificación García, abriram a Giola. Com felicidade no nome, a nova gelataria da Praça das Flores quer provar que há espaço para mais gelados nesta zona de Lisboa e que o segredo está nos detalhes.

“Somos ambos apaixonados por gelados e quisemos fazer algo diferente daquilo que já existe em Lisboa”, explicou o fundador da Giola Gelato ao Observador, acrescentando que essa diferença “só se sente no próprio espaço, com a experiência”. E como é essa experiência? Quem chega à Praça das Flores vê por entre os ramos das árvores um toldo listado a branco e verde com a palavra gelado em destaque. Ao entrar, não há como não dar atenção às cores e texturas que se apresentam na montra, que conta com 24 sabores diferentes de gelados artesanais, incluindo opções vegan. “Percebemos que é uma tendência, são dos mais vendidos, nomeadamente este aqui, o chocolate, este é feito com água. Já aqui o pistachio vegan é feito com leite de arroz”, revelou.

Aos que mais saem juntam-se também a versão normal do pistachio, o doce de leite argentino e o morango com hortelã. Entre os outros sabores há creme italiano de ovo, nata com ginjas, canela ou meloa.

Assumidamente mais caros que os vizinhos de rua, com o copo ou cone pequeno a 4€, o médio a 5€ e o grande a 6,50€, os gelados da Giola são para o “grande apreciador”, para toda a gente que gosta de gelado e que procura ter uma “experiência diferente”.

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Essa passa também pelo espaço em si. Desenhado pela decoradora de interiores espanhola Ingrid Aparício, convida os clientes tanto a saborearem o gelado como o momento. Para combinar os dois, no teto está um espelho que espera ser utilizado para as mais variadas fotografias com gelados que os clientes podem tirar, guardar ou partilhar nas redes sociais: “É um happiness place.”

Os gelados da Giola são feitos artesanalmente na gelataria

Com o jardim mesmo à frente para servir de esplanada, é essa a grande aposta desta dupla que, acredita, se diferencia da concorrência há 15 anos mais abaixo na rua. “Nós temos uma coisa que é imbatível. Uma gelataria com uma esplanada que é a praça de todos. Uma pessoa vai à Nannarella, tem de ficar lá em baixo, subir, sentar-se no banco e quando chega cá a cima o gelado já está a pingar”, explicou, acrescentando: “Portanto, nós temos um bom produto e as pessoas podem decidir se vêm aqui e se sentam logo ali no banco.”

Quanto à fila que a popularidade da Nannarella gera, Luís Matoso acredita que pode ajudar o seu negócio, no caso de os clientes não quererem ficar por lá à espera: “Tudo ajuda. Se já há aqui um sítio que é um ponto de gelado então passam por aqui pessoas que procuram esse produto. Agora é só mostrar que somos melhores de alguma forma, ou diferentes. A coisa tem de ser natural”.

Gelados há muitos. Como estes, só em Roma

A Giola Gelato abriu portas no número 5 da Praça das Flores no dia 22 de junho pelas mãos de Luís Matoso, antigo membro do Conselho de Administração do Turismo de Portugal e atual consultor de turismo, e de Maria Alvarez García, empresária, que, depois de 10 anos a viver em Londres, decidiu vir viver para Portugal em 2021. Em plena segunda vaga da pandemia da Covid-19, fez a mudança depois de se ter apaixonado por Lisboa quando cá veio visitar a irmã estudante de Erasmus na Universidade Católica. Em paralelo com a Giola, a filha de Purificación García trabalha na área financeira e tem uma marca espanhola de carteiras, a Lonbali. Em dezembro do ano passado os dois decidiram tornar o gosto de ambos por gelado numa marca e já contam com mais um espaço na Casa Reia, na Costa da Caparica. Para o futuro há a vontade de expandir o negócio e abrir no Chiado ou em Belém.

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