A discussão do pedido do Chega para uma audição presencial do antigo primeiro-ministro António Costa na comissão de inquérito ao caso das gémeas foi esta terça-feira adiada, disse o presidente da comissão, Rui Paulo Sousa.
Em declarações aos jornalistas após a reunião da mesa de coordenadores da comissão Parlamentar de inquérito ao caso das gémeas tratadas em 2020 no Hospital de Santa Maria (Lisboa) com o medicamento Zolgensma, o deputado esclareceu que não foi apresentado qualquer motivo para este adiamento.
Rui Paulo Sousa, deputado do Chega, disse ainda que foi acordada a divulgação pública do depoimento escrito de António Costa no site da Assembleia da República às perguntas colocadas pelos deputados da comissão de inquérito.
“Passará a haver um separador onde as audições que forem escritas ficarão disponíveis para todos os que queiram consultar, seja qualquer pessoa ou a comunicação social. Isso será feito nos próximos dias”, explicou.
O presidente da comissão disse ainda que o Chega retirou o pedido para a audição presencial de Eva Falcão, ex-chefe de gabinete da ministra da Saúde, e a solicitação de um depoimento por escrito de Patrícia Melo e Castro, ex-assessora do gabinete do então primeiro-ministro.
Em relação ao requerimento do PSD para definir a ordem das audições que ainda não se encontram marcadas, Rui Paulo Sousa adiantou que esse tema foi discutido e que foi agendada uma reunião de mesa de coordenadores para a próxima sexta-feira às 14:30 para definir essa questão.
Essa reunião provocará um adiamento de uma hora da audição da antiga ministra da Saúde, Marta Temido, agendada para a tarde do mesmo dia.
O pedido de audição de António Costa foi feito pelo Chega depois do antigo primeiro-ministro ter respondido à comissão de inquérito por escrito às perguntas dos deputados da CPI. O partido entendeu que era necessário pedir “mais esclarecimentos” e que António Costa fosse “diretamente à comissão, fisicamente,” responder aos deputados.