Naomi Campbell foi proibida de administrar instituições de solidariedade social depois de terem surgido provas de “má conduta financeira” na sua instituição Fashion For Relief. A Comissão de Caridade britânica decidiu que a famosa modelo não pode gerir este tipo de entidades durante cinco anos.
De acordo com o inquérito conduzido pela comissão, citado pelo The Guardian, a Fashion For Relief, instituição protagonizada por Campbell, transferia apenas uma fração dos milhões que foi arrecadando ao longo dos vários eventos de moda com fins solidários. Descobriram dezenas de milhares de euros gastos em estadias em hotéis de luxo, tratamentos de spa e segurança privada para a modelo.
Dos cofres da instituição e dos montantes que não cumpriram o seu fim — ajudar no combate à pobreza e promover saúde e educação — a Comissão alocou cerca de 420 mil euros para outras duas instituições, Save the Children e Mayor’s Fund for London, que terão denunciado as alegadas atividades fraudulentas da modelo e das suas sócias. Bianka Hellmich, uma das parceiras da instituição, recebeu um pagamento de cerca de 350 mil euros, em despesas de serviços de consultoria prestados à organização ao longo de dois anos, tendo sido suspensa, também, durante nove anos. Veronica Chou, sofreu a mesma consequência, mas por quatro anos.
Tim Hopkins, o diretor assistente de investigações especializadas da Comissão de Caridade britânica, diz que o propósito destas personalidades nas instituições é “tomar decisões que sejam no melhor interesse da organização e cumprir as suas responsabilidades legais”. A decisão da comissão foi clara, estas responsabilidades e deveres não foram cumpridos.