Uma vitória para o FC Porto na Taça de Portugal, um triunfo para o Benfica na Taça Hugo dos Santos, três sucessos consecutivos dos encarnados na decisão da Liga que valeram o tricampeonato no Pavilhão da Luz. A última época consolidou os rivais como principais protagonistas do basquetebol nacional, com os lisboetas a levarem a melhor no confronto direto frente aos dragões entre todas as competições. Agora, a temporada era nova mas essa velha “regra” mantinha-se, com a decisão da Supertaça em Sines a abrir o calendário nacional com uma dose de imprevisibilidade complicada de encontrar nos clássicos que se irão seguir, tendo em conta que o Benfica fez dois encontros de qualificação na Europa e o FC Porto jogou apenas particulares.

“A equipa do FC Porto, que já no ano passado era muito forte, reforçou-se bem, está muito equilibrada, com muito talento individual e é um adversário difícil para nós, tal como foi sempre nas últimas épocas. Está muito forte, isto é para os melhores. Apesar de algumas contrariedades que temos tido ultimamente, a equipa esteve muito bem no apuramento para a fase de grupos da Champions, com as dificuldades que tivemos com muitas ausências. Nesta altura, neste momento, e com as situações que estamos a atravessar, com algumas ausências, temos de nos agarrar uns aos outros e realmente mostrar caráter porque vai ser decisivo. Quem está tem de dar um passo em frente, sem desculpas”, apontara Norberto Alves, técnico do Benfica.

“A possibilidade de conquistar mais um título dá-nos muita motivação e alento. O crescimento da equipa é um processo, não uma corrida de 100 metros mas esta é a primeira oportunidade de começar a trabalhar sob vitórias. Não podíamos começar a época da melhor maneira. Encarámos a pré-época com essa mentalidade de que tínhamos um troféu a disputar no final de setembro. As Supertaças têm sempre dois lados: é a continuação da época passada por estarem em campo o campeão nacional e o vencedor da Taça mas é uma época nova em que há jogadores diferentes”, comentara Miguel Queiroz, capitão do FC Porto.

As antevisões feitas pelos protagonistas antes da partida acabaram por confirmar-se. Do lado do Benfica, que teve o pássaro na mão no minuto final do tempo regulamentar depois de um triplo de Betinho, as ausências acabaram por fazer-se sentir nos momentos críticos, com a equipa demasiado desgastada no prolongamento; da parte do FC Porto, Toney Douglas, antigo jogador dos encarnados que passou pela NBA, mostrou que é um verdadeiro reforço e foi determinante a par de Max Landis para a conquista da Supertaça pelos dragões, que somam assim o oitavo triunfo na competição depois de o Benfica ter batido o GDESSA no feminino.

A primeira parte acabou por ser uma boa surpresa não só para as equipas mas sobretudo nos adeptos em Sines ou que foram acompanhando a partida na TV: com percentagens a rondar os 60% nos 20 minutos iniciais, com um arranque a ter 20 pontos apenas nos primeiros quatro minutos, o Benfica até começou melhor mas foi o FC Porto que passou para a frente ameaçando por mais do que uma vez disparar no resultado com os tiros de fora de Tony Douglas e Max Landis mas sempre com a formação lisboeta, que tinha Ahmaad Rorie em destaque, a manter-se colada no marcador, perdendo por um ponto no final do primeiro quarto (23-22) e por dois ao intervalo (46-44). As características da partida foram-se mantendo depois do descanso, com ligeira supremacia dos dragões até a um desfecho impróprio cardíacos, com o Benfica a ter quatro pontos de avanço no minuto final mas Miguel Queiroz a levar tudo para prolongamento nos derradeiros segundos (85-85). Aí, o FC Porto conseguiu ser mais forte e chegou à vitória por 97-93.

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