O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, afirmou esta terça-feira que “a vitória pertence aos defensores da justiça” e ameaçou Israel com ataques “mais fortes e dolorosos”. “Com a ajuda de Deus, os golpes da frente de insurreição tornar-se-ão mais fortes e mais dolorosos no corpo gasto e apodrecido do regime sionista”, afirma Ali Khamenei, o líder supremo do Irão, através do X.

A mensagem foi acompanhada de um vídeo no qual Khamenei estava acompanhado por Haniyeh, Nasrallah e Qasem Soleimani, o antigo general responsável pela Força Quds dos Guardas Revolucionários Iranianos (IRGC), morto no Iraque pelos Estados Unidos em 2020.

Acompanhada de uma ilustração do lançamento de mísseis, o líder iraniano publicou outra mensagem na sua conta da rede social X em língua persa, em que se lia: “Vitória de Deus e uma conquista próxima”.

Também no X, o Presidente iraniano, Massud Pezeshkian, advertiu o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para “não entrar em conflito” com o seu país.

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“Esta é apenas uma parte do nosso poder”, afirmou Pezeshkian, sublinhando que o ataque desta terça-feira é “legítimo”, como resposta às “agressões do regime sionista”.

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“Netanyahu deveria saber que o Irão não é beligerante, mas se opõe firmemente a qualquer ameaça”, sublinhou Pezeshkian, que assumiu o cargo no final de julho, poucos meses depois de Teerão ter feito um outro ataque de grande escala com mísseis contra Israel.

A Guarda Revolucionária do Irão confirmou o disparo de mísseis contra Israel em resposta aos assassínios dos líderes do Hamas, Ismail Haniyeh, e do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um general iraniano.

“Com o disparo de dezenas de mísseis balísticos, foram atingidos alvos no coração dos territórios ocupados”, declarou o corpo militar de elite iraniano num comunicado, em que esclarece que a operação é uma resposta às mortes de Haniyeh e Nasrallah.

“Advertimos de que se o regime sionista responder militarmente a esta operação, será contra-atacado de forma mais pesada”, acrescentou a Guarda Revolucionária iraniana.

A missão do Irão na ONU declarou, em comunicado, que o ataque foi uma “resposta legal, racional e legítima aos atos terroristas do regime sionista contra cidadãos e interesses iranianos e à violação da soberania da República Islâmica”.

O Irão respondeu assim à morte de Haniyeh em Teerão, durante a tomada de posse do Presidente iraniano, no final de julho, e ao assassínio de Nasrallah e do general de brigada da Guarda Revolucionária Iraniana, Abbas Nilforushan, em bombardeamentos israelitas em Beirute, na passada sexta-feira.