O concurso para a contratação de médicos de Medicina Geral e Familiar para o Serviço Nacional de Saúde vai voltar a ser nacional, anunciou esta quarta-feira a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reconhecendo que o último “não correu bem”.

O Governo PSD/CDS-PP alterou as regras de contratação em junho, acabando com os concursos centralizados e permitiu que cada Unidade Local de Saúde realizasse os seus concursos, num total de 2.200 vagas autorizadas.

Numa audição na comissão Parlamentar da Saúde, a pedido da Iniciativa Liberal e do Chega sobre o funcionamento dos serviços de urgência, Ana Paula Martins admitiu que no caso dos especialistas de Medicina Geral e Familiar o concurso “não correu bem” e que as regras iam voltar a mudar, anunciando que no caso desta especialidade o concurso “vai voltar a ser nacional”.

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A ministra adiantou que, no total, foram contratados 850 especialistas para o SNS dentro dos 1.310 que concluíram a especialidade, e mais 230 médicos que já estavam fora do SNS.

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Na audição, a ministra refutou críticas do deputado Rui Cristina do Chega, que apontou o agravamento de “forma significativa” da situação das urgências de Obstetrícia e Ginecologia em todo o país, “com um crescente risco para as grávidas e para os recém-nascidos”.

Alertou também para “o indicador alarmante de mais de 40 partos em ambulância”, desde o início do ano, afirmando que reflete “a falência do sistema no apoio às grávidas”.