O presidente eleito do Conselho Europeu, António Costa, afirmou esta quinta-feira que tem de se “preparar desde já” o alargamento da União Europeia (UE), porque o bloco comunitário tem de ter as condições para acolher quem convida.

Temos de nos preparar para isso [o alargamento]. Deve ser desde já. Quando chegaremos a acordo, não sei. Mas temos de ter condições para acolher a quem vamos a convidar”, afirmou Costa, referindo-se à prevista inclusão da Moldova e da Ucrânia na UE.

E acrescentou: “O ideal seria que pudéssemos preparar a casa para acolher os que convidamos”.

“Mas não tenho por certo que não tenhamos de fazer as duas coisas simultaneamente”, observou o ex-primeiro-ministro português numa intervenção no Fórum La Toja – Vínculo Atlântico, um encontro ibérico que arrancou esta quinta-feira na Galiza, Espanha.

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O que não deixa dúvidas ao presidente eleito do Conselho Europeu, que assume o cargo europeu em 1 de dezembro, é que o processo não pode ser adiado.

“Para mim algo é claro: do ponto de vista geopolítico, não podemos atrasar o alargamento aos países dos Balcãs ocidentais. Temos de acolher a Moldava e desejar que a Ucrânia possa vencer a paz e decidir livremente o que quer fazer”, afirmou.

Em dezembro de 2023, o Conselho Europeu decidiu abrir as negociações formais de adesão à UE com a Ucrânia e a Moldova.

A área dos Balcãs Ocidentais integra países como Albânia, Bósnia-Herzegovina, Macedónia do Norte, Montenegro e Sérvia, todos candidatos à adesão à UE. Em 2022, o Kosovo apresentou a sua candidatura à adesão.

O Fórum La Toja nasceu há seis anos, na Galiza (Espanha), como um espaço para a reflexão e defesa dos valores que definem as sociedades democráticas.