O PCP apelou esta quinta-feira para um cessar-fogo imediato e permanente no Médio Oriente, condenando veementemente a ação de Israel contra Gaza e o Líbano, que diz ameaçar toda a região.

“A nova agressão contra o Líbano confirma a intenção de Israel de alargar o conflito a toda a região”, defendeu o Partido Comunista, em comunicado, ao manifestar preocupação com a escalada de guerra.

“Um ano de genocídio contra o povo palestiniano e de sucessivas provocações e ataques a vários países demonstram que o governo sionista de Israel não está interessado na paz no Médio Oriente”, sustentou o PCP, no documento.

Os comunistas atribuíram também responsabilidade pela “grave e perigosa situação” aos Estados Unidos da América, à NATO e à União Europeia.

“Ao alargar a guerra ao Líbano e à Síria, ao intensificar os ataques contra o Iémen e ao provocar o confronto com o Irão, Israel conta com a proteção e um envolvimento ainda mais direto dos EUA e com a cumplicidade das restantes potências imperialistas, numa tentativa de impor a ocupação de toda a Palestina e o seu domínio na região”, acusou o PCP.

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Os mais recentes desenvolvimentos são, segundo o partido, “inseparáveis da política israelita de assassinatos de dirigentes políticos, através da qual procura dificultar e inviabilizar a solução política para um conflito”, que tem na Palestina a questão central.

“São urgentes medidas que forcem Israel a abandonar a sua política de escalada de morte e agressão, a aceitar um cessar-fogo imediato e permanente nos territórios palestinianos e no Líbano e a pôr fim às suas ações agressivas contra países da região”, exortou o PCP.

No mesmo documento, o partido apelou para o reconhecimento dos direitos do povo palestiniano, nomeadamente a um Estado da Palestina, com capital em Jerusalém, e apelou para a participação na Jornada Nacional de solidariedade com o povo palestiniano e pela paz no Médio Oriente, que decorre até a 12 de Outubro em várias localidades.

A União Europeia mobilizou hoje 30 milhões de euros para ajuda humanitária ao Líbano, devido ao conflito entre o grupo xiita libanês Hezbollah e Israel.

O conflito desencadeou uma deslocação sem precedentes da população no Líbano, tendo já provocado milhares de vítimas e feridos entre os civis.