A loja da AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo, no Porto, foi vandalizada na última madrugada, revelou esta segunda-feira em comunicado a instituição que indica estar em curso uma investigação por parte da PSP.
Na nota de imprensa, a AIMA assinala que devido ao sucedido “não foi possível a prestação dos serviços de atendimento (cerca de 60 agendamentos) e recolha de dados biométricos uma vez que, em simultâneo, registaram-se falhas nos pontos de luz e no acesso à internet”.
“A AIMA lamenta estes atos de vandalismo que exibem práticas nada consentâneas com os valores democráticos e que, em última análise, prejudicam a segurança interna”, lê-se ainda na comunicação.
A terminar, o Conselho Diretivo da AIMA “agradece publicamente aos seus funcionários todo o empenho que têm colocado para a concretização da sua missão e assegura que continuará a tomar todas as medidas necessárias para que possam exercer a sua atividade em segurança”.
A PSP tem uma testemunha e dois vídeos relativos aos atos de vandalismo, na última madrugada, na loja da AIMA – Agência para a Integração, Migrações e Asilo, no Porto, revelou à Lusa o subintendente Jorge Pimenta.
Segundo o responsável pela comunicação da PSP/Porto, “existe uma testemunha que viu cinco ou seis pessoas a colar cartazes” na fachada da loja, sendo que a Polícia também teve acesso a “dois vídeos publicados na rede social X (antigo Twitter)”, sem mencionar quem aparece nem o que está filmado.
Num dos vídeos publicados na página do grupo de extrema-direita Habeas Corpus, visto pela Lusa, o antigo juiz negacionista Rui Fonseca e Castro aparece em frente às instalações a dizer “estar na Avenida de França, no Porto, para proceder ao encerramento das instalações”.
ENCERRAMENTO DA AIMA DO PORTO
Por determinação da Habeas Corpus, a AIMA do Porto permanecerá encerrada enquanto os Portugueses forem cidadãos de segunda na sua própria terra.
Porto, 7 de Outubro de 2024.
Rui da Fonseca e Castro pic.twitter.com/NrY9woIzXt— habeascorpus.hc (@HabeasCorpus_PT) October 7, 2024
“Enquanto os portugueses não tiverem segurança, saúde, emprego, habitação, a AIMA continuará encerrada (…) por determinação nossa e por tempo indefinido enquanto os portugueses forem cidadãos de segunda na sua própria terra”, afirma Rui Fonseca e Castro.
Segundo Jorge Pimenta, uma patrulha da PSP esteve de manhã na loja e recebeu do responsável a indicação de que “não houve danos”, tendo os cartazes afixados sido apreendidos, disse.
A PSP vai fazer seguir o assunto para o Ministério Público, revelou.