Francisco Assis volta a pressionar Pedro Nuno Santos e a bancada a chegarem a acordo com o Governo. O eurodeputado e antigo líder parlamentar avisa que, se não viabilizar o Orçamento, o PS pode ter a vida dificultada por “passar a ideia de que o PS contribuiu para a normalização do Chega“. No programa “Orçamentos Arrancados a Ferros”, da Rádio Observador, Francisco Assis defendeu que é “importante que o Chega fique afastado da área do poder” e que “tudo o que possa contribuir para o Chega ficar afastado da área do poder, é do interesse nacional.

O eurodeputado, que apoiou Pedro Nuno Santos nas diretas, diz que não há forma de Pedro Nuno Santos ser contestado se decidir pela viabilização. “Não vejo porquê. Pedro Nuno Santos não tem contestação nenhuma no PS. Tome a decisão que tomar, não vai ser contestado”, começa por dizer. Francisco Assis lembra ainda que a oposição interna perde margem para a crítica, precisamente se Pedro Nuno optar pela viabilização:  “Se tomar essa decisão [de chegar a acordo com o Governo], dificilmente [Pedro Nuno Santos] vai ser contestado, até porque os que o podiam contestar defendem essa posição.”

[Já saiu o segundo episódio de “A Grande Provocadora”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de Vera Lagoa, a mulher que afrontou Salazar, desafiou os militares de Abril e ridicularizou os que se achavam donos do país. Pode ouvir aqui, no Observador, e também na Apple Podcasts, no Spotify e no Youtube. E pode ouvir aqui o primeiro episódio.]

Além disso, lembra Assis, “o PS já teve aqui ganhos de causa muito significativos na questão do IRS Jovem. Não vejo como Pedro Nuno pudesse ser apresentado ao país como um derrotado se porventura se se confirmar o entendimento entre os seus partidos.”

Apesar de dizer que não está a par do que se passa internamente no PS — por estar em Estrasburgo para a sessão do Parlamento Europeu — Assis diz que olha “mais com preocupação do que com entusiasmo” para a reunião da bancada parlamentar do PS. E adverte os deputados do PS que “com sentido de responsabilidade que é próprio de um grande partido como o PS, devem estar cientes do que está em causa e das implicações das decisões que vierem a tomar.”

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