Fomento da cooperação entre as escolas católicas, reforço da relação destes estabelecimentos com a comunidade cristã e identificação de estratégias para um diálogo produtivo com o Estado foram alguns desejos deixados esta sexta-feira em Fátima pelo bispo António Augusto Azevedo.

Para o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, que falava no encerramento do II Congresso Nacional da Escola Católica, a estes junta-se também o desafio de saber “como conciliar na escola católica a qualidade de ensino, princípios éticos e educativos básicos e inovação pedagógica”.

Falando perante mais de 300 representantes de escolas católicas de todo o país, o também bispo de Vila Real alertou para a questão da “sustentabilidade das escolas católicas” e apelou à manutenção da sua identidade.

Na ocasião, João Gonçalves, da Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, reconheceu, na ocasião, o trabalho que tem sido desempenhado pelas escolas católicas, que têm uma “marca muito forte de inclusão e acolhimento”, numa “dinâmica de projeto educativo baseado em valores”.

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Este aspeto foi realçado pelo Núncio Apostólico em Portugal, Ivo Scapolo, que desafiou os alunos das escolas católicas “a estarem sempre abertos aos outros que não têm a possibilidade como eles têm” de estudar.

O espírito de “comunhão, empatia e solidariedade deve marcar a escola católica”, afirmou Ivo Scapolo.

O II Congresso Nacional da Escola Católica contou com a participação de mais de 300 representantes de mais de uma centena de escolas católicas nacionais, que congregam cerca de 66 mil alunos, e teve como fio condutor o “Pacto Educativo Global”, proposto pelo Papa Francisco em 12 de setembro de 2019.

Na mensagem divulgada nesse dia, o pontífice apontava para a necessidade de uma “aliança entre todos os componentes da pessoa: entre o estudo e a vida; entre as gerações; entre os professores, os alunos, as famílias e a sociedade civil, com as suas expressões intelectuais, científicas, artísticas, desportivas, políticas, empresariais e solidárias”.