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O Alto-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros exortou esta segunda-feira Israel a “deixar de culpar” o secretário-geral das Nações Unidas e de utilizar Guterres como desculpa para ataques “completamente inaceitáveis” contra os capacetes azuis no Líbano.

“É completamente inaceitável atacar militares das Nações Unidas. Eu quero recordar a toda a gente que não é o secretário-geral das Nações Unidas que decide sobre esta missão, sobre permanecer ou não [no Líbano], é o Conselho de Segurança que o decide”, disse Josep Borrell, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, no Luxemburgo.

“Por isso, deixem de culpar [António] Guterres”, acrescentou o Alto-Representante dos 27 para a Política de Segurança.

Pouco antes do início da reunião, Josep Borrell tinha escrito na rede social X (antigo Twitter) que está “gravemente preocupado” com a invasão israelita às instalação dos capacetes azuis no Líbano.

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No domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exigiu a António Guterres a retirada destes militares, que estão a ser alvo de ataques do exército israelita.

Telavive invadiu o Líbano, um ano depois de invadir a Faixa de Gaza, com a mesma justificação.

A incursão militar no enclave palestiniano tinha como objetivo debelar as forças do movimento radical Hamas. No Líbano a incursão é justificada com a necessidade de coartar as capacidades militares do Hezbollah, grupo miliciano apoiado pelo Irão.

No entanto, tal como aconteceu com Gaza, Israel está a ser criticado pela resposta considerada desproporcionada e pelos bombardeamentos incessantes em áreas com grande densidade populacional, como Beirute, capital do Líbano.