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O Alto-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros exortou esta segunda-feira Israel a “deixar de culpar” o secretário-geral das Nações Unidas e de utilizar Guterres como desculpa para ataques “completamente inaceitáveis” contra os capacetes azuis no Líbano.
“É completamente inaceitável atacar militares das Nações Unidas. Eu quero recordar a toda a gente que não é o secretário-geral das Nações Unidas que decide sobre esta missão, sobre permanecer ou não [no Líbano], é o Conselho de Segurança que o decide”, disse Josep Borrell, à entrada para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, no Luxemburgo.
“Por isso, deixem de culpar [António] Guterres”, acrescentou o Alto-Representante dos 27 para a Política de Segurança.
Pouco antes do início da reunião, Josep Borrell tinha escrito na rede social X (antigo Twitter) que está “gravemente preocupado” com a invasão israelita às instalação dos capacetes azuis no Líbano.
We firmly reject the unjustified attacks against the UNSG @AntonioGuterres. The repeated accusations of antisemitism against him are slanderous.
It is worth recalling to everybody that it is the UN Security Council that decides on UN peacekeeping missions, not the UNSG.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) October 14, 2024
No domingo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, exigiu a António Guterres a retirada destes militares, que estão a ser alvo de ataques do exército israelita.
Telavive invadiu o Líbano, um ano depois de invadir a Faixa de Gaza, com a mesma justificação.
A incursão militar no enclave palestiniano tinha como objetivo debelar as forças do movimento radical Hamas. No Líbano a incursão é justificada com a necessidade de coartar as capacidades militares do Hezbollah, grupo miliciano apoiado pelo Irão.
No entanto, tal como aconteceu com Gaza, Israel está a ser criticado pela resposta considerada desproporcionada e pelos bombardeamentos incessantes em áreas com grande densidade populacional, como Beirute, capital do Líbano.