A eurorregião Galiza — Norte de Portugal considerou esta terça-feira que a concretização da linha ferroviária de alta velocidade Porto-Vigo (Espanha) é “importantíssima” para os dois países porque vai “mudar totalmente o paradigma da conectividade”.
“Isto, para nós, é algo que vai mudar totalmente o nosso paradigma de conectividade e, portanto, é algo que queríamos que acontecesse ontem, queríamos que acontecesse hoje e esperemos que aconteça em 2032, tal como o Governo tem vindo a dizer”, disse o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e presidente cessante da Comunidade de Trabalho Galiza — Norte de Portugal, António Cunha.
No XIII plenário da Comunidade de Trabalho Galiza — Norte de Portugal, que decorreu em Matosinhos, no distrito do Porto, António Cunha salientou que quando esta eurorregião tiver alta velocidade ficará a distâncias de 30 minutos a uma hora.
Portanto, acrescentou: “toda a eurorregião trabalhará de um modo totalmente diferente”.
Na sua opinião, esta linha ferroviária de alta velocidade é “estrutural do ponto de vista da mobilidade” porque permitirá ligar a eurorregião à Europa e ao mundo.
Destacando a importância desta ligação para Portugal e Espanha, o presidente da Junta da Galiza e novo presidente da Comunidade de Trabalho Galiza — Norte de Portugal, Alfonso Rueda Valenzuela, salientou que a alta velocidade irá mudar profundamente as comunicações, relações interpessoais e ligações entre os dois países.
Na sua opinião, os governos têm de juntar vontades, algo que está a acontecer, para tornar esta ligação uma realidade que é “absolutamente fundamental”.
A ligação do Porto a Vigo, na Galiza (Espanha), prevista para 2032, terá estações no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, Braga, Ponte de Lima e Valença (distrito de Viana do Castelo).
Na semana passada, o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Carlos Fernandes, disse que tem o objetivo de lançar os estudos da linha ferroviária de alta velocidade Porto-Vigo no início de 2025, para lançar concurso público a meio de 2026.
“O objetivo é lançar o projeto para Avaliação de Impacte Ambiental no início do próximo ano. A intenção é estar tudo em condições de poder lançar este concurso, para esta PPP [parceria público-privada], a meio do ano de 2026, de acordo com o que está previsto”, afirmou.