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O presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, considerou esta terça-feira que o país está mais focado em saber se o Orçamento vai ser aprovado do que em saber quem mente em relação ao que foi discutido em reuniões privadas.
“Acho que o país está focado no tema essencial que é saber se vamos ou não ter Orçamento, porque o povo português não quer eleições. Precisa de ter um orçamento para que se possam aplicar todas as políticas para resolver os problemas dos portugueses: esperam que haja um consenso relativamente à viabilização do Orçamento”, sustentou.
Questionado pelos jornalistas sobre quem mente ou não em relação às reuniões privadas mantidas entre o primeiro-ministro e o líder do Chega, para chegar a acordo sobre o Orçamento 2025, Aguiar-Branco sublinhou que o que as pessoas querem é que “haja consenso para o Orçamento”.
“Precisam de sentir que os políticos colocam o interesse nacional acima dos interesses particulares e o interesse nacional reclama que haja um Orçamento até para a aplicação, por exemplo, dos fundos do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência], que são fundamentais para a retoma económica do país, para combater o drama da habitação e para colocar o país em crescimento de uma forma sustentável”, alegou.
No seu entender, esse é o tema essencial, embora a verdade também seja essencial.
“A verdade é aquilo que distingue os políticos dos politiqueiros e, portanto, é fundamental falar a verdade. Quero enfatizar que os portugueses estão preocupados com a verdade, mas também preocupados em querer um Orçamento”, indicou.
O presidente da AR disse ainda que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, esclareceu “no momento certo e de uma forma muito singela e rápida qual era a verdade”.
“Alimentar, depois a polémica em relação a esse tema, não vai ao encontro do interesse principal dos portugueses, que é saberem que Orçamento vão ter e se os partidos vão viabilizar o Orçamento. É esse o objetivo que o povo português quer: um Orçamento que permita aplicar as políticas que resolvem os problemas dos portugueses”, concluiu.