A Câmara de Lisboa inaugura esta quinta-feira a ciclovia ribeirinha oriental, que liga de forma contínua o Parque Tejo-Trancão ao Terreiro do Paço, numa extensão de 12 quilómetros, após a conclusão do troço Parque das Nações – Braço de Prata.

“Esta ciclovia é uma obra que ficará plenamente concretizada até ao final do 1.º trimestre do próximo ano quando toda a frente ribeirinha de Lisboa for ciclável, desde Algés (no concelho vizinho de Oeiras) até ao Parque Tejo”, afirmou o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Filipe Anacoreta Correia (CDS-PP), que tem o pelouro da Mobilidade.

Em declarações à agência Lusa, a propósito da inauguração agendada para o final da tarde desta quinta-feira, o autarca de Lisboa realçou a importância de ter uma ciclovia contínua em toda a frente ribeirinha da cidade “para o usufruto pleno da orla ribeirinha e de um dos maiores trunfos desta cidade, o [rio] Tejo”.

“Esta ciclovia, que hoje [quinta-feira] inauguramos, é a prova de que este executivo concretiza. Metemos mãos à obra e lutámos por dar aos lisboetas esta solução”, disse Anacoreta Correia, referindo-se à ligação contínua entre a ponte ciclo-pedonal do Parque Tejo-Trancão e o Terreiro do Paço.

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Essa ligação contínua é agora possível na sequência da conclusão da obra de construção do troço entre a freguesia do Parque das Nações e Braço de Prata, em Marvila, numa extensão de 1,1 quilómetros, com o investimento municipal de cerca de 290 mil euros, segundo informação da Câmara de Lisboa.

A ponte ciclo-pedonal do Parque Tejo-Trancão, que assegura a ligação entre Lisboa e o concelho vizinho de Loures, foi construída pela Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL), num investimento de 4,2 milhões de euros, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), evento que ocorreu em agosto de 2023 e do qual resultou um novo parque verde na capital, onde anteriormente havia o aterro sanitário de Beirolas.

Neste âmbito, o município de Lisboa destacou a possibilidade de haver um percurso ciclo-pedonal na frente ribeirinha do Tejo desde Vila Franca de Xira até Cascais, com um total de 60 quilómetros.

Além da ciclovia ribeirinha oriental, a Câmara de Lisboa inaugura esta quinta-feira a instalação da rede de bicicletas partilhadas GIRA na freguesia de Marvila, a 22.ª junta de freguesia da cidade (no total de 24) com acesso à rede de mobilidade suave, dispondo de duas estações, localizadas em Braço de Prata e na Praça David Leandro da Silva, “com 48 docas no total”.

Até ao final do mandato 2021-2025, sob liderança de PSD/CDS-PP, “haverá 193 estações em todas as 24 juntas de freguesia da cidade e um total de 2.000 bicicletas elétricas ativas”, indicou o gabinete do vice-presidente da câmara, realçando a duplicação do número de bicicletas elétricas em relação ao que existia anteriormente.

“O número de viagens GIRA tem registado um incremento significativo. Em 2023 contabilizaram-se mais de dois milhões e 700 mil viagens. No ano de 2025 estima-se que esse número seja de quase três milhões e 900 mil viagens, o que representa um crescimento de 48% face ao início do mandato do executivo”, expôs.

De acordo com informação do gabinete de Anacoreta Correia, o investimento na rede GIRA neste mandato será de 3,7 milhões de euros, correspondendo a “um aumento de 28% face ao mandato anterior”.