Pedro Santana Lopes decidiu juntar-se ao Congresso do PSD, em Braga, e quando questionado sobre eleições presidenciais, preferiu responder sobre autárquicas e garantir que o “mais natural” na sua vida é recandidatar-se à Figueira da Foz — não recusando voltar a fazê-lo pelo PSD.
“Não venho aqui para pedir nada nem para ter nada. Venho aqui expressar solidariedade com o trabalho que está a ser feito”, referiu o ex-primeiro-ministro e ex-presidente do PSD — que até disse que teria de se dirigir à bancada dos observadores, por já não ser militante, mas acabou por ir com Hugo Soares até à mesa principal, onde estava Luís Montenegro.
Questionado sobre a Presidência da República, o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz disse que o seu nome é mais “camarário presidencial, camarário autárquico” e, interrogado se já desistiu da possibilidade de vir a ser candidato a Belém, respondeu: “Ainda não é tempo para isso!”
Durante os longos minutos em que esteve a responder a jornalistas, Santana Lopes disse que só hesitou em estar presente em Braga porque “sabia que vinha o doutor Marques Mendes” e “o quadro em que vinha” e não pretendia causar “nenhuma confusão”.
Ainda assim, resolveu marcar presença e atirou: “Acho que temos deveres na vida e até de reparar alguns erros que cometemos e que devemos assumir e falar deles, e não fazer por os esquecer e, portanto, eu faço o que acho que é a atitude mais correta”.
“Hoje em dia sei que não correu bem uma opção que tomei em relação a afastar-me do partido. Um erro e, quando cometemos um erro, não nos devemos pôr com grandes explicações. Se chegamos à conclusão de que foi um erro, assumi-lo. Mas se calhar há erros que, se voltássemos atrás, se calhar fazíamos os mesmos”, disse o ex-líder social-democrata que fundou o partido Aliança e já abandonou o mesmo.
Questionado sobre a opção de Luís Montenegro em apostar em Leonor Beleza para vice-presidente, Santana Lopes disse apenas “excelente” e referiu ser um “grande defensor da separação” dos órgãos do partido dos do Governo.