O Seat Leon regressa ao mercado com ambas as carroçarias, a de cinco portas e a mais versátil carrinha Sportstourer. No interior surge um reforço da oferta digital, com novos interfaces que o construtor afirma estarem melhorados face aos anteriores, com vantagem de outras soluções, como a carga de telemóveis por indução com uma potência de 15W. Mas é no capítulo da mecânica que a evolução é mais notória, com a introdução de novos motores e o regresso da versão PHEV, que também ela ganha um novo motor, mas sobretudo uma bateria com praticamente o dobro da capacidade, de forma a assegurar uma autonomia muito superior em modo eléctrico.

A opção mais acessível do renovado Leon é a versão mais “calma” do motor 1.5 TSI com quatro cilindros, com 115 cv e 220 Nm de binário, mais 5 cv e mais 20 Nm do que a unidade que substitui, o anterior 1.0 TSI com três cilindros. Ainda assim, a nova versão com 115 cv anuncia praticamente os mesmos consumos (5,7 l/100 km em vez de 5,4) e emissões (129 g de CO2/km em vez de 124) da anterior com 110 cv.

Este motor tetracilíndrico 1.5, numa versão mais potente (mas não disponível de momento em Portugal), com 150 cv e 250 Nm, equipa o Leon a gasolina mais espirituoso, com 217 km/h de velocidade máxima e 0-100 km/h em 8,7 segundos. E alia a tudo isto o facto de anunciar somente 5,7 l/100 km de consumo e 129 g de CO2/km em WLTP. A oferta a gasóleo também continua presente, com o 2.0 TDI a surgir em versões de 115 cv e 150 cv, ambos com preços competitivos face à concorrência.

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Leon eHybrid é a versão com mais argumentos

A nova versão PHEV do Leon será a mais interessante, especialmente para as empresas. Em vez dos 64 km de autonomia, o híbrido plug-in da Seat disponibiliza 133 km, extraídos de uma bateria com 25,7 kWh de capacidade bruta (19,7 kWh úteis), em vez dos anteriores 12,8 kWh brutos (10,8 kWh úteis). É isto que leva o construtor espanhol do Grupo Volkswagen a reclamar mais de uma centena de quilómetros de autonomia em modo eléctrico (para a versão do Leon com cinco portas), o que facilita a utilização no dia-a-dia em modo exclusivamente eléctrico, para depois o motor a combustão ser uma ferramenta útil quando o condutor enfrenta deslocações maiores sem perder tempo a recarregar a bateria.

Além de possuir uma bateria com o dobro da capacidade, o renovado Leon usufrui ainda da capacidade de a recarregar a uma potência muito superior. Se até aqui a bateria com 10,8 kWh úteis aceitava energia até 3,6 kW e exclusivamente em corrente alternada (AC), a nova com 19,7 kWh recarrega em AC até 11 kW e em corrente contínua (DC) até 40 kW, tornando o armazenamento de energia substancialmente mais célere.

Apesar da mudança do motor a combustão da mecânica PHEV, o motor 1.5 TSI sobrealimentado garante a mesma potência e força do seu antecessor com 1,4 litros (150 cv e 250 Nm), o mesmo acontecendo com a unidade eléctrica que o complementa, também ela a manter 116 cv e 330 Nm. No conjunto são 204 cv e 350 Nm, que explicam os 220 km/h de velocidade máxima, ou os 7,7 segundos para superar 100 km/h. Tudo isto com um consumo anunciado de 0,4 l/100 km, a que correspondem somente 8 g de CO2/km.

O Leon 1.5 TSI com 115 cv e nível de equipamento Style é proposto por 32.636€, na versão de cinco portas, para o Sportstourer exigir 34.295€. Os Leon a gasóleo arrancam nos 33.807€ (5 portas e 115 cv), para a versão com 150 cv e caixa DSG começar nos 39.808€. A motorização topo de gama, a PHEV, começa nos 43.224€ para o cinco portas e 44.546€ para a versão carrinha, ambos com o equipamento FR, uma vez que o Style não está disponível com esta motorização.