O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, cancelou este domingo a viagem à Rússia para a cimeira dos BRICS, a realizar esta semana, devido a orientação médica, após um acidente “doméstico”, acompanhando a reunião por videoconferência.

No sábado, Lula da Silva deu entrada no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, com ferimentos na nuca, escreve a Folha de São Paulo, que apurou que o Presidente brasileiro escorregou na casa de banho. Nunca perdeu a consciência. Teve, no entanto, de levar cinco pontos na cabeça.

No comunicado do hospital, após uma avaliação da equipa médica, Lula da Silva foi aconselhado a “evitar uma viagem aérea de longa distância”, podendo, não obstante, “exercer as demais atividades”.

Assim sendo, a presidência brasileira indicou, em comunicado, que Lula da Silva, “por orientação médica, não viajará para a Cúpula dos BRICS, em Kazan, devido a um impedimento temporário para viagens de avião de longa duração”.

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O presidente brasileiro vai participar por videoconferência na reunião do grupo de países emergentes, que será realizada entre 22 e 24 de outubro na cidade russa de Kazan, acrescenta o comunicado do Planalto, palácio presidencial do Brasil.

Lula da Silva cumprirá ainda a “agenda de trabalho normal”, no Palácio do Planalto, em Brasília, lê-se no comunicado.

Os BRICS, cujos membros originais eram Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, estão em expansão, depois de incluírem mais quatro países este ano: Egito, Irão, Emirados Árabes Unidos e Etiópia.

Durante o encontro, os líderes dos países membros deverão definir quais serão os critérios para que outras nações façam parte do bloco como associadas.

Na cimeira, o Brasil assumirá a liderança dos BRICS durante um ano, a partir de 1 de janeiro de 2025.

O comunicado deste domingo do Planalto recorda que “em 2014, durante a [anterior] presidência brasileira do BRICS, foi criado o Novo Banco de Desenvolvimento e o Acordo Contingente de Reservas”.

Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo BRIC em 2006, para defender uma maior representação dos países emergentes e em desenvolvimento nas organizações internacionais. A adesão da África do Sul em 2010 acrescentou a letra S à sigla.