A Toyota sempre investiu mais em veículos eléctricos com produção a bordo de energia, a partir de fuel cells a hidrogénio (H2), do que em soluções que armazenam energia em baterias. Daí que não seja estranho que a mais recente invenção do gigante japonês tenha especificamente a ver com hidrogénio. Uma das vantagens das células de combustível a hidrogénio tem a ver com a maior rapidez no abastecimento de hidrogénio, face ao carregamento da bateria, e o construtor nipónico parece ter encontrado uma forma de agilizar ainda mais o carregamento de H2.

Alimentar um veículo com hidrogénio é rápido, uma vez que em três a quatro minutos carrega-se cerca de 6 kg de H2, o que garante uma autonomia aproximada de 600 km num veículo médio. Mas os pontos de carga são muito dispendiosos, pois para funcionarem em condições ideais têm de ter ao lado uma estação de produção de hidrogénio a partir da eletrólise da água e com energia gerada por fontes renováveis. Para mais, o H2 é abastecido a 700 bar, uma pressão extremamente elevada que ajuda a explicar custos superiores a 1 milhão de euros para uma estação de pequena capacidade (200 kg de H2/dia), motivo pelo qual este tipo de estações não abunda na Europa e é inexistente em Portugal.

Para mitigar este facto, a Toyota apresentou a sua mais recente criação para recarregar hidrogénio. Trata-se de um pequeno contentor portátil em forma de cartucho, cujo H2 se pode utilizar para abastecer um veículo fuel cell, como o Mirai, alimentar uma casa de fim-de-semana ou cozinhar num fogão que a Toyota desenvolveu com o fabricante Rimini, especializado neste tipo de utensílios de campismo. O construtor japonês não especifica a quantidade de H2 armazenado no contentor, a pressão a que se encontra, nem a respectiva temperatura. Porém, as instruções de segurança no contentor aconselham vivamente a que não o deixem cair e, caso isso aconteça, que não seja utilizado.

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